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Foto: Cristiano Mascaro / Agência Brasil

Polícia Federal recolhe câmera usada para gravar reunião ministerial

Equipamento foi recolhido em acordo com a Advocacia-Geral da União e deverá passar por uma perícia, mas PF não deu mais informações

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A Polícia Federal recolheu, na tarde desta segunda (25) no Palácio do Planalto, a câmera usada pela Presidência da República para gravar a reunião ministerial do dia 22 de abril. O equipamento deverá passar por uma perícia. A Federal não comentou o caso e o recolhimento foi feito em acordo com Advocacia-Geral da União (AGU).

As imagens da reunião ministerial foram solicitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na exoneração de Maurício Valeixo do comando na Polícia Federal. A informação foi passada pelo ex-ministro Sergio Moro, que pediu demissão do cargo afirmando que não concordava com as interferências de Bolsonaro.

A gravação da reunião foi divulgada na última sexta-feira (22) pelo ministro do STF, Celso de Mello, relator do inquérito. Celso de Mello também resolveu tornar público todo o conteúdo da gravação, cerca de 1 hora e 55 minutos, menos trechos onde havia posições dos participantes sobre questões referentes ao Paraguai e à China.

A equipe da Procuradoria-Geral da República (PGR) vê indícios de que o Presidente cometeu delitos ao, supostamente, interferir na Polícia Federal. A equipe considera que no vídeo divulgado e em mensagens de celular há evidências de que o Presidente teve o propósito de assegurar alguma vantagem a si próprio ou a terceiros.