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Enterros acontecem todos os dias em grande númeroFoto: Michael Dantas / AFP
Pandemia

Nova projeção aponta mais de 200 mil mortes por Covid-19 no Brasil até agosto

Universidade de Washington revisa previsões e aponta 125 mil óbitos pela doença no país até 4 de agosto; Minas Gerais é incluída no estudo e deve ter 2.371 mortes sugerem os pesquisadores

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De acordo com a Universidade de Washington, ao menos 125 mil pesssoas devem morrer vítimas da Covid-19 no Brasil até o começo de agosto. Há menos de duas semanas, a mesma universidade estimava que esse número seria de 90 mil pessoas. Até então, o país acumula 23.473 mortes pelo novo coronavírus.

A estimativa mais otimista aponta um total de 68.311 mortes. Já no cenário mais negativo, o número de óbitos pela doença no país pode passar dos 200 mil, chegando a 221.078 vítimas, diz a universidade.

As novas previsões levam em conta o aumento de mortes acima do esperado no Estado do Rio de Janeiro. A análise feita pelos acadêmicos norte-americanos inclui agora dados de 19 dos 26 Estados brasileiros. 

Minas Gerais está entre os 11 novos Estados incluído nas previsões. Segundo a Universidade de Washington, o número de mortes causadas pela Covid-19 em Minas pode se multiplicar por dez até o dia 4 de agosto. Até esta segunda-feira (25), o Estado acumulava 230 óbitos pelo novo coronavírus.

Queda em SP, aumento no Rio

Em relação à última projeção divulgada pela universidade, no último dia 12, o Estado de São Paulo pode ter poupado a vida de 36.811 pessoas com o isolamento social e o megaferiado da última semana, segundo a universidade.

Já no Rio de Janeiro, a situação é inversa e os pesquisadores esperam que mais 21.073 mortes por Covid-19 aconteçam no Estado em relação ao que era projetado até o último dia 12, totalizando até agosto 25.755 óbitos pelo novo coronavírus.

Pico em meados de julho

"Até então, estamos prevendo que o número de mortes no Brasil continuará a subir, seguirá havendo escassez de recursos hospitalares críticos e o pico de mortes poderá não ocorrer até meados de julho", avalia o doutor Christopher Murray, diretor do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da universidade.

Os pesquisadores ressaltam que tudo vai depender das medidas de controle da pandemia, como o distanciamento social, mudanças na mobilidade e a realização de testes e rastreamento em massa da doença.