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Fotografia: Artur Machado/Global Imagens.

Alojamento local: Novos registos em abril registam mínimos de 2014

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Alojamento local tornou-se quase tóxico, segundo a consultora Imovendo. Desde setembro de 2014 que não havia tão poucos registos.

Abril de 2020 foi o mês com menos novos registos de alojamento local desde setembro de 2014. O interesse pelo alojamento local praticamente desapareceu no último mês e tornou-se um ativo “quase tóxico”, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela consultora Imovendo. Os investidores nesta área já estão mesmo a apostar na venda de ativa ou no arrendamento de longa duração.

No último mês, foram registadas apenas 189 novas unidades de alojamento local. Este número corresponde a pouco mais de 10% dos registos verificados no mesmo mês de 2019: 1750 registos.

“Esta é apenas uma evidência da falta de confiança que os investidores atualmente sentem e que revela também que as expectativas futuras para o turismo, em geral, e para o alojamento local em particular, são longe de animadoras, mesmo com os programas que algumas câmaras municipais já anunciaram, como é o caso de Porto e Lisboa”, assinala Manuel Braga, presidente executivo da Imovendo, citado em nota de imprensa.

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Este responsável diz mesmo que quem dependia do alojamento local “para escoar produto reabilitado, vê-se com ativos desvalorizados e com menor procura. Quem nele pensava apostar, retrai-se agora, fruto da elevada incerteza e risco que enquadra o setor”.

Os próximos meses vão ser vividos com expetativa pelo mercado alojamento local. “Apesar de o mês de abril ter permitido uma certa melhoria dos indicadores de procura imobiliária (exemplo disso é a recuperação da procura online observada), os atores que atuam no mercado antecipam uma queda abrupta na atividade do segundo trimestre, tendo o indicador de confiança da procura para este período (INE) atingido o seu valor mais baixo desde o início da série (em Março de 2001).”

Esta consultora lembra ainda: “é provável que à medida que o desconfinamento ocorra, a confiança regresse, mas a amplitude da queda da confiança dos profissionais no futuro próximo obriga a que se reflita sobre as melhores estratégias para acelerar a recuperação e a confiança dos consumidores.”