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Atualmente, cerca de 4,6 milhões de beneficiários, entre idosos e pessoas com deficiência, recebem o BPCFoto: USP Imagens

Trabalhador teve perda salarial real de 28% em negociações, aponta Fipe

Impacto foi causado pela redução de salário e jornada de trabalho previstos pelo governo para combater o desemprego; Minas é o terceiro Estado com maior volume de acordos

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Os aumentos salariais desapareceram e a perda real dos ganhos do trabalhador brasileiro chegou com a pandemia do novo coronavírus chegou a 28,3% em abril, conforme aponta o Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),  baseada em dados do Mediador do Ministério da Economia.

A pesquisa divulgada mensalmente pela Fipe revela que, no mês passado, apenas 3,1% das negociações coletivas registrou reajuste igual ou maior do que inflação acumulada dos últimos 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Com as medidas de redução de salário e jornada, além da suspensão de contrato de trabalho previstas pelo governo devido à crise gerada pela Covid-19, em abril, o reajuste mediano do salários no país foi de -25%, para um INPC acumulado de 3,3%. Ou seja, a perda salarial acumulada chegou a 28,3% no período.

Minas tem 3º maior volume de negociações

Segundo a Fipe, com 148 acordos coletivos e convenções coletivas revistas até o último dia 19, Minas Gerais era o terceiro Estado do país com maior volume de negociações sobre redução de salários e jornada de trabalho (12,8% do total nacional), atrás apenas de São Paulo (28,4%) e Rio Grande do Sul (13%).

Apesar da reduções salariais e de jornada terem sido as  principais medidas adotadas pelas empresas para frear o desemprego, além da recomposição salarial oficial prevista nas medidas provisórias do governo, cláusulas relativas a "ajuda compensatória mensal" por parte das próprias empresas registraram participação de 59,4% nas negociações coletivas, segundo a pesquisa da Fipe.