Europa experimenta desconfinamento gradual
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A Europa vai retomando, gradualmente, a normalidade após meses de confinamento. As medidas vão variando, de país para país, de acordo com a evolução da pandemia da Covid-19. A euronews foi ver como é que franceses, italianos e espanhóis estão a reagir ao desconfinamento.
"É especial, é diferente. Já não é complicado, apenas nos mantemos afastados uns dos outros. Estamos felizes por reencontrar os amigos", conta um habitante da cidade francesa de Lyon.
O repórter da euronews, Guillaume Petit, relata que "Em França, os bares e restaurantes continuam fechados, por isso os franceses têm de encontrar novas formas para se reunirem com os amigos. Alguns encontram-se nas respetivas casas, outros vão para os parques que estão abertos aqui em Lyon. Outros, ainda, vêm no final da tarde aqui para o cais do rio Saone. Quase ninguém usa máscara. Muitos falam de alívio após dois meses de confinamento, mesmo que permaneçam restrições. A aglomeração de mais de dez pessoas continua interdita".
"Se, por um lado, ver a cidade tão vazia apraz a muitas pessoas pois não se encontram os turistas habituais que se deslocam à capital nesta altura do ano -, por outro, esta liberdade é realmente cara, obrigando muitos italianos a fazer vários sacrifícios", conta a jornalista da euronews Giorgia Orlandi, em Roma.
Um romano confessa: "Sinto-me mais livre do que antes, mas se liberdade significa vaguear pelas ruas do centro da cidade e depois encontrar-me nesta desolação não me parece muita liberdade".
"Em tempos de guerra - a pergunta que me faço - havia problema para ir à praia, para as barracas de praia? Havia bombardeamentos, as pessoas tinham prioridades. Tornámo-nos numa sociedade que não quer desistir de mais nada, mesmo em tempos de grandes dificuldades", sublinha outro italiano.
Já na cidade espanhola de Barcelona, uma catalã acredita que "Os mais velhos respeitam as regras pois já usavam máscaras quando não eram obrigatórias". Continuo a ver as coisas dessa forma. É a juventude que que não está, realmente, ciente do que aconteceu aqui nesta pandemia e do que ainda temos nas nossas costas".
Na zona ribeirinha, uma residente confessa que se vêm menos pessoas do bairro na praia. "Nós daqui vamos para a praia a horas diferentes, mas o que é que vamos fazer? É público e temos de o tolerar. Não há mar lá em cima e eles têm de descer para o mar. Temos de partilhá-lo."
"Há quem espere que com a reabertura dos espaços desportivos, na primeira fase, onde se pode praticar desporto ao ar livre, haja menos pessoas a praticar desporto nestas zonas da praia", diz a jornalista da euronews Cristina Giner.