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Foto: Reprodução / Agencia do Radio

Ocupação de leitos de UTI na Grande Vitória atinge pela segunda vez a maior taxa desde o início da pandemia: 88,58%

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, é preciso uma adesão maior do isolamento social, para que a demanda por leitos de terapia intensiva diminua

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Em 24 horas, quase 30 pessoas precisaram ser internadas em UTIs no Espírito Santo por complicações da covid-19. Na Grande Vitória, mais de 80% dos leitos já estão ocupados por pacientes infectados. Em todo o Estado, 10.007 pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus e outras 447 já morreram por conta da doença.

O aumento acelerado dos casos e das mortes preocupam. A previsão matemática da secretaria de saúde é que os números cresçam ainda mais.

"O que nós sabemos é que a nossa curva continua aumentando, continua em aceleração. Nós temos uma projeção muito severa, muito triste, para que ainda no final do mês de maio, que nesses próximos cinco dias a gente chegue próximo a 600 óbitos aqui no Estado", disse o subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin.

A preocupação também está na disponibilidade de leitos para atender a demanda. A Grande Vitória atingiu pela segunda vez a maior taxa de ocupação desde o início da pandemia. Já são 88,58% dos leitos ocupados. Apesar do número alto na região metropolitana, o subsecretário explicou que a situação do Estado no geral é um pouco diferente. "Nós temos leitos de UTI espalhados, não apenas aqui na Grande Vitória, mas também na região sul, na região norte e na região central", afirma Reblin.

Ainda segundo o subsecretário, novos equipamentos estão sendo instalados nas unidades e até o fim da semana novos leitos estarão disponíveis. Mas apesar dos esforços para equipar e adquirir novas unidades, é importante manter o isolamento social. No último final de semana, a taxa no Estado era de 50,33%.

"Se trabalharmos o isolamento social, chegando na nossa meta que é acima 55% de isolamento, a taxa de ocupação desses leitos vai cair. Se a taxa de ocupação não cair e se o isolamento não vier, obviamente, nós temos condições de estabelecer uma regra mais dura, diminuindo a circulação das pessoas, para que esses leitos que nós estamos disponibilizando, sejam suficientes para o atendimento da nossa população", completou Reblin.

* Com informações da repórter Bianca Vailant, da Vitória / Record TV