Falta de acordo mantém a greve do transporte coletivo, diz sindicato
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus urbano em Teresina continua por tempo indeterminado. O presidente do Sintetro, Fernando Feijão, ressalta que o transporte está 100% parado porque as empresas não estão liberando a circulação dos 30% exigidos por lei.
O movimento completa 10 dias de paralisação nesta segunda-feira (25). Os grevistas aguardam uma rodada de negociação a ser marcada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para fechar acordo com os empresários e por fim à greve.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Fernando Feijão, declarou em vídeo enviado ao Jornal do Piauí que "ainda não houve nenhum tipo de negociação. Nas reivindicações dos trabalhadores, os empresários alegam apenas não ter como honrar neste momento, como pagamento de tickets, plano de saúde".
Fernando Feijão também falou das demissões nas empresas nas quais os empresários "alegam a questão da Covid-19".
"É uma situação ímpar que vive o transporte, que continua parado 100%. As empresas não querem colocar nem mesmo os 30% para rodar, que é de obrigação. Às vezes, dizem que o sindicato está proibindo, mas o sindicato não está proibindo os ônibus de saírem das garagens. A gente, inclusive, vem solicitando que a Prefeitura (de Teresina) faça uma mediação nesse sentindo porque ela também é parte do transporte público. Que o Tribunal Regional do Trabalho também faça essa intermediação para vê se as partes cheguem a algum acordo", acrescenta Fernando Feijão.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) informou que lamenta a grave, mas que não poderá atender todas as reivindicações do movimento grevista.
Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com
Carlienne Carpaso
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