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Minerador usa endereços de bitcoin de 2009 que Craig Wright diz ser dele para chamá-lo de fraude
Algum possível contemporâneo de Satoshi Nakamoto enviou uma mensagem em 145 endereços que Craig Wright afirma serem dele
by Portal do BitcoinUm antigo minerador de bitcoin, possivelmente contemporâneo de Satoshi Nakamoto, enviou uma mensagem em 145 endereços que Craig Wright afirma serem dele em um caso no qual está sendo processado no Estados Unidos.
Desde 2016, Wright vem afirmando que é o criador do bitcoin, embora nunca tenha fornecido provas concretas para justificar o que diz.
A mensagem provém de algum dos verdadeiros pioneiros da criptomoeda e diz o seguinte:
“Craig Steven Wright é um mentiroso e uma fraude. Ele não tem as chaves usadas para assinar esta mensagem.
A Lightning Network é uma conquista significativa. No entanto, precisamos continuar trabalhando na melhoria da capacidade on-chain.
Infelizmente, a solução não é apenas alterar uma constante no código ou permitir que participantes poderosos forcem para fora outros.
Somos todos Satoshi “
Via Twiter, a conta da Bitmex afirmou não se tratar de Satoshi Nakamoto, visto que o endereço não segue o padrão denominado “patoshi”, usado para tentar determinar as carteiras e a quantidade de bitcoin detidas por Satoshi.
O cipherpunk Jameson Loop também afirmou que o padrão era diferente:
“Mais “atividade” do minerador de bitcoin da era de 2009, pois alguém fornece ainda mais provas criptográficas de que Craig Wright é uma fraude. Mais uma vez, esses blocos não correspondem ao “Padrão de Patoshi”.
Outra atividade de 2009
No dia 20 de maio, uma atividade de uma carteira de 2009 também movimentou a comunidade de criptomoedas. Na ocasião, alguém enviou 50 btcs de alguns dos primeiros minerados da história da moeda.
A hipótese de que era o próprio Satoshi a fazer a movimentação foi ventilada porque os ativos foram minerados 37 dias depois do bloco gênesis, o primeiro de todos.
O programador e estudioso de Bitcoin Narcélio Filho analisou que as moedas eram tão antigas que estavam depositadas em uma chave pública (P2PK), não num endereço como hoje em dia. O programa usado ainda estava na versão 0.1.x.
Horas mais tarde, o também especialista Jimmy Song escreveu um artigo de análise forense no qual mostrou ponto a ponto porque a carteira não pertencia a Satoshi.
Narcélio também não acreditava ser um movimento do próprio Satoshi e disse que poderia se tratar de alguma maneira de desacreditar Craig Wright, visto que a carteira está descrita no processo e que, por lei, ele não poderia movimentá-la.
Talvez a mensagem tenha sido sutil demais. Desta vez, o recado foi direto: mostrou que os endereços não eram de Wright e afirmou que ele é um fraude.
Também pelo Twitter, CZ, o CEO da Binance, aproveitou para ironizar:
“Somos todos Satoshi, exceto CSW [abreviação do nome de Wright]”.