Habitação. Licenciamentos caem 5,6% sob efeitos da pandemia
by Sónia Santos PereiraEm março, as licenças emitidas pelas câmaras para obras de construção e reabilitação apresentam uma queda de 19,1%.
As licenças emitidas pelas autarquias para obras de construção e reabilitação de edifícios habitacionais registaram uma quebra de 5,6% no primeiro trimestre deste ano face ao homólogo de 2019, fruto da queda de 19,1% registada em março, revelam os dados da síntese estatística de habitação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras públicas (AICCOPN). Esta redução veio inverter a tendência de crescimento da atividade.
O licenciamento de novos fogos caiu 6,1% nos três primeiros meses do ano, “resultado da forte contração de 32% registada” em março. Já o consumo de cimento no mercado nacional cresceu 5,6% no período em análise, impulsionado pelo aumento, em termos homólogos, de 6,6% em março.
Até março, o novo crédito para aquisição de habitação apresentou um crescimento de 21,2% em termos homólogos, para 2.848 milhões de euros. Em março, observa-se um crescimento de 9,4% que, embora relevante, “é significativamente inferior às variações registadas nos seis meses anteriores”, diz a AICCOPN no documento.
A avaliação imobiliária da habitação efetuada para efeitos de crédito bancário apurou um valor mediano de 1.110 euros por metro quadrado em março, um aumento de 10,3%, face aos 1.006 euros no mês homólogo. Em termos mensais, registou-se a primeira variação negativa desde janeiro de 2016.
Nos Açores, o número de fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em março de 2020 totalizou 520, um aumento de 10,4% face aos 471 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores. A avaliação bancária na habitação apresentou, em fevereiro, um aumento em termos homólogos de 7,2% para 908 euros por metro quadrado.