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Covid-19. Consumo de sites e televisão pirata dispara

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Lares com equipamento de televisão ilegal aumentou 3% para 310 mil, estima a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP).

O consumo de sites e televisão pirata disparou cerca de 50% com os portugueses confinados em casa por causa da pandemia do covid-19. Com as competições de futebol suspensas, portugueses viraram-se para o acesso ilegal de filmes e séries. Há cerca de 310 mil lares equipados com sistemas de TV ilegal acusa a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP).

“Há uns anos, houve uma ignição da pirataria com a procura de canais de desporto, mas na pandemia a procura passou a ser de canais premium de cinema ou de séries”, explica Paulo Santos, diretor da FEVIP, citado na edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias.

“Existe um problema muito grave que tem que ver com o sistema de bloqueio destes sites. As operadores nacionais conseguem bloquear este tipo de sites, mas existem entidades e multinacionais que permitem boicotar o bloqueio. Os piratas deixam de usar um domínio bloqueado para utilizar os dessas multinacionais. Assim, em Portugal, é possível ter acesso a estes sites, apesar de ser ilegal. No fundo, estas multinacionais ajudam a pirataria e até podem ganhar em publicidade com isto”, acusa Paulo Santos, citado pelo Jornal de Notícias.

A FEVIP estima que haja cerca de 310 mil lares equipados com sistemas piratas de acessos a conteúdos audiovisuais, uma subida de perto de 3% face aos 300 mil estimados no ano passado.

A procura de sites de streaming aumentou 47%, segundo noticia o Jornal de Notícias.