Parte do comércio reabre em BH com boas expectativas de vendas

Em várias das lojas reabertas havia filas de clientes, e a expectativa dos comerciantes, após um período de perdas e demissões, é positiva

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Movimento de pessoas eram grande no Barreiro no início da tarde desta segunda-feira (25)Foto: Alex de Jesus/ O TEMPO
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Clientes fazem fila na porta de loja no centro de BHFoto: Alex de Jesus/O TEMPO
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Loja reabre as portas no centro de BHFoto: Alex de Jesus/O TEMPO
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Movimento no centro de BH nesta segunda-feiraFoto: Alex de Jesus/O TEMPO

Após mais de dois meses de atividades suspensas, muitos lojistas voltaram a abrir as portas nesta segunda-feira (25), primeiro dia de retomada gradual do comércio em Belo Horizonte. No centro da capital, a movimentação de pessoas era grande pela manhã. Em várias das lojas reabertas, havia filas de clientes nas ruas, e a expectativa dos comerciantes, após um período de perdas e demissões, é positiva.

Em uma loja de cosméticos na avenida Afonso Pena, os funcionários mudaram a rotina de trabalho para a reabertura: há controle de entrada de clientes, disponibilização de álcool em gel para todos, sinalização do espaço para garantir o distanciamento entre consumidores e higienização reforçada. Segundo o gerente do estabelecimento, William Charles, houve cortes de 30% da equipe durante o período de fechamento.

“Estamos com boa expectativa de retomada. Acreditamos que muita gente tenha ficado em casa, precisando das coisas e que agora esses clientes que não tiveram oportunidade de comprar nesse período de quarentena vão retornar e fazer as compras”, afirma.

Um comércio que vende lãs e aviamentos na rua Curitiba teve filas de clientes na rua. Só são permitidos três consumidores por vez dentro da loja, sempre de máscara. “Eu fico apreensivo por causa de aglomeração, mas a expectativa é vender, porque tem muita gente precisando de produtos de qualquer segmento que ficou fechado. Queremos dar andamento, não como era antes, mas pelo menos para manter as despesas”, conta o gerente, Lucas Gama. Segundo ele, a loja está tendo muita demanda de material para a confecção de máscaras.

No Barreiro, a movimentação de pessoas nas ruas também era grande no início da tarde desta segunda-feira. O gerente de uma loja de móveis, Anderson Miranda, diz que dois funcionários foram demitidos durante o período de paralisação e que o objetivo agora é retomar as vendas com segurança.

“Eu estou bem confiante. Está dando movimento, as pessoas estão olhando, comprando, me surpreendeu, eu não esperava isso tudo. Nesse tempo em que ficamos fechados, eu enviei muitas fotos para os clientes para eles verem os modelos, o que a loja tem a oferecer, e o pessoal já vem direcionado, sabendo o que quer”, afirma. A loja está disponibilizando álcool em gel em diversos pontos.

O cabeleireiro João Santos, 76, atua na região há mais de 50 anos e passou os últimos dois meses parado. Ele conta que o movimento está lento, mas espera que o fluxo aumente nos próximos dias no salão do qual é um dos sócios. “Os clientes estão ligando para marcar, aos pouquinhos vai melhorando”, pontua.

Nesta segunda-feira, podem voltar a funcionar na capital, com horário definido, lojas como as que comercializam artigos de cama, mesa e banho, móveis, tecido, artigos de papelaria e livraria, brinquedos e cosméticos, entre outras. No entanto, muitos estabelecimentos seguem abertos na cidade sem autorização, como alguns que vendem roupas e calçados.

Regras de funcionamento

A prefeitura estabeleceu uma série de medidas sanitárias que os comércios devem cumprir para evitar o avanço de casos de coronavírus na cidade. Uma delas é a limitação de público dentro dos estabelecimentos. Os lojistas precisam garantir a permanência de apenas uma pessoa a cada 5 m² dentro do ponto de venda, considerando público e funcionários.

Aparelhos de ar-condicionado devem permanecer desligados, e a realização de promoções está proibida, já que elas aumentam o risco de aglomerações nas lojas. O uso de máscaras permanece obrigatório, tanto para consumidores quanto para colaboradores. 

Para os salões de beleza, há regras específicas. Eles só podem atender clientes com horário marcado, e deve haver intervalos de pelo menos 30 minutos entre um atendimento e outro. Jornais, revistas, alimentos e bebidas estão proibidos nesses espaços. Após receber cada cliente, os funcionários devem higienizar todo o salão e esterilizar os materiais de trabalho.

Veja os horários permitidos para funcionamento das lojas: 

Artigos de bomboniere e semelhantes - 7h às 21h

Artigos de iluminação - 11h às 19h

Artigos de cama, mesa e banho: 11h às 19h

Utensílios, móveis e equipamentos domésticos, exceto eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo: 11h às 19h

Tecidos e armarinho: 11h às 19h

Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas: 11h às 19h

Produtos de limpeza e conservação: 11h às 19h

Artigos de papelaria, livraria e fotográficos: 11h às 19h

Brinquedos e artigos recreativos: 11h às 19h

Bicicletas e triciclos, peças e acessórios: 11h às 19h

Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal: 11h às 19h

Veículos automotores: 8h às 17h

Peças e acessórios para veículos automotores: 8h às 17h

Pneumáticos e câmaras-de-ar: 8h às 17h

Comércio atacadista da cadeia de comércio varejista da fase 1: 5h às 17h

Cabeleireiros, manicure e pedicure: 7h às 21h

Centros de comércio popular instituídos a qualquer tempo por operações urbanas visando a inclusão produtiva de camelôs, desde que localizados no hipercentro ou em Venda Nova: 11h às 19h