Prevenção
Apesar de comércio reaberto, vice-prefeito de BH pede que população não relaxe
No dia em que parte do comércio voltou às atividades, Paulo Lamac pediu que belo-horizontinos não saiam de casa sem necessidade
by Thalita MarinhoNo dia em que parte do comércio de Belo Horizonte reabre, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, da Rede Sustentabilidade, em entrevista à rádio Super 91,7 FM, afirmou que a população não pode relaxar. “As pessoas precisam ficar em casa e não podem achar que essa reabertura é motivo para sair. Só deve sair de casa quem realmente precisa”.
Lamac afirmou que, se foi possível flexibilizar o comércio agora, é porque a capital adotou medidas rigorosas de isolamento social no início da pandemia. “O prefeito Alexandre Kalil foi muito criticado quando adotou o isolamento social, mas foi isso que fez com que a curva fosse achatada. O Estado tem hoje esses números, considerados baixos ainda, justamente por essas ações e porque a população também aderiu às regras”, explicou.
Sobre os leitos disponíveis em BH para atender os pacientes da Covid-19, o vice-prefeito afirmou que a situação está controlada. “Atualmente, 40% dos leitos específicos para o novo coronavírus estão ocupados em Belo Horizonte, e isso tem dois lados: o lado que mostra que há pessoas infectadas na forma mais grave da doença, mas também o lado que reafirma que nós não podemos ter um aumento expressivo de casos na capital”, ressaltou.
Desemprego
Também em entrevista à rádio Super, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, informou que pelo menos 20 mil postos de trabalho foram perdidos com a crise provocada pela pandemia. “Nós tínhamos cerca de 120 mil empregos gerados pelos lojistas, mas 20 mil deles se foram. Nós ficamos mais de 60 dias fechados, e, nesta segunda-feira (25), começa a reabertura de boa parte do comércio”, afirmou.
Ainda de acordo com Nonato, o Sindilojas-BH e outras entidades patronais participaram de mais de dez reuniões com a Prefeitura de Belo Horizonte para discutir os horários e as ações fundamentais para garantir o funcionamento seguro do comércio. E o debate vai continuar. “Nós estamos apoiando a reabertura gradual, porque nosso medo é abrir tudo e daqui a alguns dias precisar fechar. Isso traria um prejuízo maior e pior. Nós precisamos abrir os grandes comércios também, já que eles carregam muitos empregos e não têm como ficar fechados. Ainda assim, os empresários precisam pagar os aluguéis”, destacou.
Sobre a reabertura apenas dos shoppings populares, Nadim Nonato afirmou que a prefeitura tomou a decisão para não piorar a situação dos antigos camelôs da capital. “Se não reabrisse, eles iriam para as ruas, justamente o lugar onde lutamos por anos para tirá-los. Os lojistas dos shoppings não aguentam mais, eles precisam vender, e nós entendemos que eles podem ser reabertos a partir do dia 1º de junho”, explicou.