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O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcos Corrêa/Presidência

Bolsonaro resolve de última hora ir a posse na PGR, que era virtual

Na solenidade, Aras defendeu a independência entre os Poderes, mas com 'harmonia', para que não haja 'caos'

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BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro resolveu de última hora ir à Procuradoria-Geral da República (PGR) para participar da posse do novo procurador federal dos direitos do cidadão, Carlos Alberto Vilhena.

Bolsonaro participou da posse por videoconferência, do Palácio do Planalto. No final da cerimônia, fez um breve discurso e disse:

— Se me permite a ousadia, se me convidar, eu vou agora aí apertar a mão do nosso novo integrante desse colegiado maravilhoso — disse, aos risos, acrescentando que gostaria de "apertar a mão" de Vilhena.

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, que estava presente no evento, disse que ele estava convidado.

— Estaremos esperando Vossa Excelência com a alegria de sempre.

Bolsonaro, então, anunciou que iria:

— Agora. Estou indo para aí agora.

Minutos depois, o presidente saiu do Planalto em direção à sede da PGR, que fica a cerca de três quilômetros. Lá, cumprimentou alguns dos presentes e tirou fotos. Cerca de 20 minutos depois, já havia retornado ao Planalto.

Aras defende 'harmonia'

Em sua fala, Bolsonaro afirmou que o Ministério Público se mostra "completamente inteirado com o destino da nação" e desejou sucesso a Vilhena.

— É uma satisfação participar mesmo por videoconferência de um evento como esse. Cada vez mais o nosso Ministério Público se mostra completamente inteirado com o destino da nossa nação. Um grande homem soma-se nesse momento a essa posição. E nós desejamos a ele e a todos os integrantes do MP muito sucesso para o bem do nosso Brasil.

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Já Augusto Aras defendeu a independência entre os Poderes, mas com "harmonia", para que não haja "caos":

— República Federativa do Brasil, constituída em estado democrático de direito, e com isso, todos os interesses sociais que nos cabe zelar. Como entes autônomos, com independência. Mas, acima de tudo, com harmonia para que a independência não se transforme no caos. Porque é a harmonia que mantém o tecido social forte, unido em torno dos valores supremos da nação.

O procurador-geral também afirmou que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) precisa promover o diálogo. A anitga titular da PFDC, Deborah Duprat, questionou diversas medidas tomadas por Bolsonaro.

— Certamente que dialogar faz parte da essência da PFDC. É com esse diálogo que promoveremos a integração interinstitucional.