Pandemia espalha-se pela Rússia
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Hristofor Zemlyanika é um enfermeiro numa luta, desde que a pandemia se espalhou pela Rússia. Há duas semanas, começou a trabalhar nos cuidados intensivos de um hospital de Moscovo que de dedica a casos de Covid-19.
Sete pessoas morreram durante este período na nossa unidade de cuidados intensivos. Preocupo-me principalmente com uma mulher. No início pensei que já era idosa, mas ao ver os documentos descobri que tem apenas 50 anos! Todos pensavam que já estava em recuperação, mas entrou em coma novamente, de repente, com hemorragias internas e está em estado crítico neste momento. Galina Polonskaya
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Andrei Kondrashov
MédicoHristofor Zemlyanika
Enfermeiro
A Rússia tornou-se no segundo país do mundo mais infectado pelo vírus. No entanto, Vladimir Putin começou a levantar as medidas restritivas. O bloqueio, que durou seis semanas em todo o país, terminou a 12 de maio.
Mas isso não significa um regresso à vida normal. Para Putin, cabe às autoridades regionais a responsabilidade de decidir como e quando as medidas podem ser levantadas.
Continuam a chegar novos pacientes chegam aos hospitais de Moscovo, noite e dia... O bloqueio no epicentro da pandemia continua e, segundo o responsável da cidade, Moscovo ainda corre sérios riscos.
O bloqueio em Moscovo foi prolongado até ao final de maio. Usar máscaras e luvas em espaços públicos é agora obrigatório.
Andrei Kondrashov é voluntário numa das clínicas privadas de Moscovo transformadas em hospital dedicado a casos de COVID19. Não vê a luz no fim do túnel.
Ainda há muitos pacientes. Não menos do que antes. Muitos médicos ficam doentes, não só aqui, mas em geral e em todo o mundo. Alguns até morrem.
O presidente da câmara de Moscovo, Sergey Sobyanin, deixou um alerta: a taxa de mortalidade por coronavírus na capital russa será "significativamente" maior em maio do que no mês de abril.