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Questões são muitas e regresso da NBA não se adivinha de simples resolução...
Fotografia: AFP

NBA metida num autêntico quebra-cabeças

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Liga norte-americana prepara o regresso, mas enfrenta questões de saúde, logística e calendário.

Passado o período de indefinição, em que o próprio comissário Adam Silver admitiu ir sabendo menos do que quando foi decretada a suspensão de jogos, a 11 de março, a NBA vai mesmo voltar este verão, apontando-se a finais de julho para o arranque e estando em curso negociações com a Disney World de Orlando para ser a sede única dos jogos.

Segundo a Imprensa norte-americana, a partir de 1 de junho as equipas terão duas semanas para reunir os jogadores, seguindo-se uma a duas semanas de trabalho individual e duas a três para treinos coletivos. Apontam-se cinco datas possíveis para terminar (7 de setembro, Dia do Trabalhador nos EUA; 15 de setembro, 1 de outubro, 15 de outubro ou 1 de novembro), levando a nova época a começar no Natal, o que não seria novidade - em 2011, a NBA arrancou a 25 de dezembro devido ao lock-out (greve dos patrões).

Confirmado o reatar da competição, por intermédio do porta-voz Mike Bass, a liga norte-americana corre contra o tempo, tantos são os quebra-cabeças a resolver. É mais o que ainda não se sabe...

A prioridade continua a ser garantir condições sanitárias, obrigando a que, além das regras de distanciamento e uso de máscara, haja testes quase diários. Mas, se continuarem a faltar testes à população, pode ficar beliscada a imagem da liga, que esteve sob fogo quando os Utah Jazz se serviram de kits do estado de Oklahoma...

A esta questão sensível junta-se toda a logística de concentrar os jogos na Disney, pois é preciso definir quantas pessoas podem entrar no complexo gigantesco e quantas terão acesso aos pavilhões. Num regresso que envolverá cerca de duas mil pessoas, há a possibilidade de os jogadores partilharem todos o mesmo pessoal médico e as transmissões serem asseguradas por um grupo restrito de 20 a 25 pessoas.

O calendário também não será simples de resolver. A NBA ainda não decidiu se faz partidas da fase regular (terem todos um mínimo de 70 jogos é considerado o ideal), se avança já para os jogos a eliminar com as classificações à data da suspensão ou se mantém o tradicional formato Este-Oeste. Um alargamento do play-off até 24 equipas também está em cima da mesa, mas este regresso pode nem vir a incluir os 30 emblemas, ficando de fora quem já não tinha grandes aspirações. É essa a preferência da NBA para diminuir riscos de contágio, segundo membros do Conselho dos Governadores, que vai voltar a reunir sexta-feira.