Caneladas do Vitão: Timão e Juve, paixão alvinegra que provoca ódio nos 'antis'

Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto, a maltratar meu coração... Alô, povão, agora é fé! Com nome inspirado no “Corinthian FC” (hoje Corinthian Casuals, time semiamador inglês), o time do povo é de todos. E, pois, também dos italianos. Coringão e Juve têm coincidências.

“Juventus e Corinthians são alvinegros, têm torcidas gigantescas, construíram seus estádios. A Juve, agora e, o Corinthians, recentemente, tiveram hegemonia nacional. E ambos caíram para a Segunda Divisão e tem a pilha dos rivais de que são ajudadas pelo apito”, avaliou Paulo Andrade, com toda a sua experiência em narrações internacionais para os canais ESPN.

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O atacante Carlitos Tevez vestiu as camisas alvinegras do Corinthians, no Brasil, e da Juventus, na Itália; na passagem pelos dois clubes, o argentino conquistou títulos nacionais - Gabriel Bouys - 22.nov.14/AFP

Apesar das semelhanças no amor da massa e no ódio despertado nos “antis”, a Juve e o Timão nunca se enfrentaram, aconteceram apenas encontros em transações. “Em 1962, houve uma troca envolvendo o volante Amaro, ex-América-RJ, que voltou da Itália, e o atacante Miranda , o ‘Boca’, dono de um chutão, que foi”, conta Celso Unzelte, autor do “Almanaque do Timão”.

“Também vestiram as duas camisas o atacante Nardo (campeão paulista em 1951 e 54), Tevez e o goleiro Rubinho. O técnico vice-campeão italiano pela Juve em 62/63 era o brasileiro Paulo Amaral [preparador físico da seleção em 1958]. De lá, ele veio para o Corinthians e ficou até receber proposta do Genoa, no meio do Paulistão de 64. Foi o único técnico do período de 22 anos sem títulos que saiu porque quis, sem ser demitido”, completou a aula Unzelte.

Silvio Lancelotti: “Nasci numa família de juventinos, lá na Bota, e de palmeirenses, cá no Brasil. Em 1952, durante a famosa Copa Rio, meu pai me levou ao Pacaembu para presenciar o jogo entre as duas equipes. Eu tinha só 7 anos, mas me fascinei com a atuação da Juve, 4 a 0 no então Periquito. Fomos aos vestiários da “Senhora”, onde conheci ídolos como Viola e Boniperti. Tempo depois, voltamos ao estádio para um Palmeiras x Corinthians. E o ‘Mosqueteiro’ bateu o ‘Periquito’, 3 a 1. Dois alvinegros. Automaticamente virei corinthiano”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!