Confinamento é hoje aliviado nas zonas mais atingidas de Madrid e Barcelona

Estado de emergência irá, contudo, decorrer até 6 de Junho

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Os últimos dias foram marcados por protestos contra novas medidas de confinamento e prologamento do estado de emergência. Foto EPA/ALEJANDRO GARCIA

As regiões espanholas mais atingidas pela pandemia de covid-19 de Madrid, Barcelona e Castela e Leão passam hoje à “fase um” de final do confinamento com um alívio das medidas rígidas de luta contra a doença.

Estas regiões, onde está cerca de 30% da população de Espanha, juntam-se às restantes que, desde há duas semanas, já permitiam, por exemplo, a abertura de esplanadas com uma ocupação até 50% da sua capacidade ou a reunião no exterior ou em casa de até 10 pessoas, desde que sejam respeitadas as regras de distanciamento social.

O anúncio deste alívio nas medidas de confinamento foi feito sexta-feira pelo ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

O responsável ministerial também revelou que grande parte das restantes regiões espanholas, entre elas as províncias que fazem fronteira com Portugal na Galiza, Estremadura espanhola e Andaluzia, passam à chamada “fase dois” onde se facilita ainda mais a circulação de pessoas, permitindo, por exemplo, a abertura do interior de restaurantes, com certas condições.

As medidas de confinamento foram possíveis impor com a entrada em vigor do estado de emergência no país em 15 de março último, que foi prorrogado na quarta-feira pelo parlamento espanhol até 06 de junho próximo.

As medidas de alívio da atual situação vão continuar a ser implementadas até ao final da “fase três”, provavelmente no final de junho.

Espanha é um dos países mais atingidos pela covid-19 que, a nível global, já provocou mais de 335 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.