CDS quer informações detalhadas sobre reserva nacional de equipamentos de proteção

O CDS-PP questionou hoje o Governo sobre a aquisição de equipamentos de proteção e de combate à pandemia de covid-19 e à reserva estratégica nacional, querendo saber quando começaram a ser adquiridos e como têm sido geridos.

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Equipamentos de Proteção Individual (EPI) acomodados no Laboratório Militar (arquivo)

Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, o grupo parlamentar do CDS defende que o parlamento deve ter “informação cronologicamente descriminada” sobre quando é que o Governo “começou a realizar encomendas e aquisições, de que datas são os primeiros despachos para reforço e aquisição de material de proteção, designadamente máscaras, luvas, óculos de proteção, batas cirúrgicas, bem como de ventiladores, e em que quantidades”.

Relativamente à Reserva Estratégica Nacional, os democratas-cristãos querem saber “como tem vindo a ser gerida e abastecida desde o início da pandemia de covid-19, como está a ser gerida agora neste período de alívio do confinamento e reabertura faseada da economia, e como vai continuar a ser gerida em ordem à prevenção para uma eventual segunda vaga da pandemia”.

O CDS quer “informação cronológica relativa à sua aquisição e reforço, por parte do Governo, nomeadamente ventiladores, oxigénio, máscaras, luvas, óculos de proteção, batas cirúrgicas, entre outros”.

Os centristas pedem também ao ministério liderado por Marta Temido “dados concretos relativamente ao levantamento do número de camas de cuidados intensivos no país, dos ventiladores invasivos e não invasivos, quer dos que existem ou foram adquiridos pelo SNS, quer dos que foram doados por todos os tipos de instituições (públicas, privadas) e por particulares, e respetiva distribuição pelo país”.

“De que datas são os primeiros despachos para reforço e aquisição de material de proteção, designadamente máscaras, luvas, óculos de proteção, batas cirúrgicas, bem como de ventiladores, e em que quantidades?”, questionam, pedindo também dados sobre quanto material estava disponível do Serviço Nacional de Saúde (SNS) antes da declaração do estado de emergência.

Os deputados dos CDS perguntam ainda “qual tem sido a relação do Governo com os setores privado e social, desde o momento inicial da pandemia e nos tempos subsequentes, em matéria de capacidade instalada disponibilizada e de acordos de articulação”.

Na ótica do partido, “toda esta informação é muito relevante para avaliar” a “constituição e o aprovisionamento da Reserva Estratégica Nacional”, a “fundamentação das queixas, recorrentes neste período, sobre a falta de equipamentos de proteção individual e outros materiais, bem como testes PCR para os profissionais de saúde do SNS e outro pessoal de primeira linha”.

Estes dados permitirão também fazer uma análise à “relação com os setores privado e social, com as empresas e com pessoas individuais, e o peso que eventuais acordos e doações tenham tido na capacidade de dotar o SNS daquilo que estava em falta e que, agora, o deixará melhor apetrechado”.

“O Ministério da Saúde tem estado no ‘epicentro’ desta pandemia e o CDS entende que o Governo deve disponibilizar informação detalhada relativamente ao ‘stock’ de equipamentos de proteção individual e de outros materiais e equipamentos médicos, antes, durante e depois da fase mais intensa da pandemia”, insistem, apontando que o partido já alertou “para esta necessidade nas apreciações que fizemos aos relatórios do Governo relativos às declarações dos três estados de emergência”.

Portugal contabiliza 1.316 mortos associados à covid-19 em 30.623 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no domingo.

Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1%) e mais 152 casos de infeção (+0,5%).