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Coronavírus: SP vê pandemia até outubro, descarta lockdown e não muda protocolo de cloroquina

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Se os índices de isolamento social não aumentarem, a pandemia de COVID-19 deve durar por mais alguns meses, com novos casos de contaminação, pelo menos até outubro. Essa é a previsão do governo do Estado de São Paulo.

Com 82.161 casos confirmados e 6163 mortes, o Estado, considerado o epicentro da epidemia no Brasil, não pretende fazer alterações no protocolo de uso da cloroquina, que teve testes suspensos pela OMS após a comprovação de falta de eficácia, além do aumento de casos de ataques cardíacos e efeitos colaterais.

Para tentar conter o rápido avanço da doença, sobretudo em cidades do interior, o governo tem tomado medidas, como o fechamento de comércio em muitas cidades e recomendações de isolamento social. As últimas foram a antecipação de feriados. Na última semana dois foram antecipados, e hoje (25), São Paulo vive o feriado antecipado da Revolução Constitucionalista de 1932, que acontece originalmente no dia 9 de julho.

As projeções com os níveis atuais de isolamento social, que já foram melhores e hoje estão na média abaixo de 50%, você prevê uma duração maior da epidemia. Quanto menor o índice de isolamento social, mais longa se torna essa epidemia. Nesses níveis atuais, inferiores a 50%, essa epidemia passará junho, julho, agosto, provavelmente em setembro deve ter uma inflexão, e até outubro teremos casos ainda.
Dimas Covas, chefe do Centro de Contingência da Covid-19
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Dimas disse ainda que a administração do Estado tem dificuldades para conscientizar a população sobre a necessidade de isolamento social para controlar o avanço da epidemia. E disse ainda que, apesar da mudança no protocolo pelo governo federal no uso da cloroquina, São Paulo seguirá respaldado nos estudos recentes internacionais.

Quarentena inteligente

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Em entrevista à Globonews, o governador João Dória afirmou que não decretará lockdown. O governador anunciou ainda que, na próxima coletiva de imprensa, programada para o dia 27 de maio, o governador anunciará novas medidas para o período que se inicia em junho, já que a quarentena acaba no dia 31 de maio. As medidas serão tomadas de forma heterogêneas, respeitando as particularidades regionais de capital, região metropolitana, interior e litoral.

Isso quer dizer, na prática, que em lugares onde os riscos são menores, será estudada uma flexibilização das atividades de forma gradual e em etapas. Doria chama a nova etapa de “quarentena inteligente. Destacou que a antecipação de feriado registrou bons números de isolamento social e ocupação de leitos.