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Bodas de Ouro do grupo D. Pedro celebradas em Lisboa

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Evento teve como objetivo festejar o sucesso de uma companhia que procurou ser uma alavanca no que respeita ao turismo em Portugal.

No passado dia 12 de fevereiro, o grupo D. Pedro celebrou 50 anos desde que abriu a sua primeira unidade hoteleira, na Madeira.

O local escolhido para a festa - que teve como tema "The Golden Party" - foi o Hotel D. Pedro, em Lisboa, decorado em tons de dourado e preto, representando assim a história do grupo.

Presentes nas celebrações estiveram várias caras emblemáticas, das quais se destacou Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto, da economia e da transição digital. O membro do governo aproveitou para fazer um pequeno discurso, destacando três palavras: parabéns, obrigado e esperança. Destacou a primeira porque "são raras as empresas deste setor [da hotelaria] que têm 50 anos, porque foram anos muito agitados no país": "Passámos de um período em que estávamos de costas voltadas para o mundo para um momento em que estamos abertos ao mundo e completamente envolvidos nos roteiros turísticos internacionais."

Agradeceu também ao grupo D. Pedro pela forma como "deu um sinal em relação à indústria e ao país", referindo que não era "evidente que há algumas décadas atrás que Portugal estivesse num segmento de hospitalidade de topo, combinado com outro tipo de ofertas, como o golfe, e com um nível elevado". O ministro referiu ainda a esperança, acreditando que os "projetos futuros do grupo D. Pedro podem ser ganhadores e ter um grande papel no país e na indústria".

Foi precisamente na área do futuro que Pietro Dal Fabbro, administrador do grupo D. Pedro se focou, porque "passado é experiência": "O grupo tem três grandes vertentes: a gestão hoteleira, a gestão de golfe integrada e a construção de novas unidades. Gostava que o turismo fosse uma peça fundamental da economia portuguesa. Gostava que o Estado percebesse que o turismo é tão importante quanto outro negócio. É um negócio internacional e sempre o foi, porque sempre vivemos a globalização; a diferença é que há uma nova globalização, a digital. Estamos a apostar muito no digital. Não só a nível de marketing mas de comunicação com o cliente."

É aqui que Dal Fabbro acredita que o grupo D.Pedro pode ser diferenciador, falando sobre os seus projetos ambiciosos a nível ambiental, onde destacou a sua frota de carros elétricos, como também na automatização da informação dos campos de golfe do hotel, bem como na automatização do trabalho mais "repetitivo e desagradável", como é o caso do corte do relvado. "Queremos que as pessoas façam o que gostam, o que lhes interessa e que não sejam repetitivas; deixamos a repetição para os computadores e para as máquinas", acrescentou.

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Pietro Dal Fabbro, CEO Grupo D. Pedro
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Luís Correia da Silva, CEO D.Pedro Golf
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Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, em conversa com Stefano Saviotti, Chairman do Grupo D. Pedro

Em relação a mercados emergentes, Pietro Dal Fabbro afirmou que o grupo D. Pedro não procura o mercado tradicional, seja a nível de produto, seja a nível de mercado emissor, sendo que a aposta atual é na economia americana, que cria receita para todos os envolvidos.

Também o engenheiro Luís Correia da Silva, administrador do Grupo D. Pedro, explicou de que forma é que Portugal se distancia de outros mercados de turismo de golfe, principalmente nas zonas do Algarve, Lisboa e costa oeste e Madeira: "Temos uma combinação de clima e paisagens que são fundamentais. A meio de dezembro podemos jogar de polo, enquanto noutros locais da Europa está um clima menos propício. Temos uma vantagem competitiva muito grande para atrair turistas nas épocas baixas - fora das épocas do sol e da praia. Também temos os campos de golfe em áreas muito limitadas. Isto porque as pessoas, quando viajam para jogar golfe, gostam de ter diferentes experiências. No caso do D. Pedro, temos cinco campos de golfe completamente diferentes uns dos outros. Nunca sabem qual é a experiência que vão encontrar, a única coisa que têm em comum são os serviços facultados. A terceira questão é que, em Portugal, os campos de golfe foram muito bem desenhados, em locais muito privilegiados, do ponto de vista da experiência de paisagem e são também muito bem mantidos, bem como estão muito próximos uns dos outros. Quem vem jogar em Portugal são os melhores embaixadores, porque estes falam das suas experiências a jogar no nosso país e aconselham a praticar a modalidade em Portugal."

O desafio encontrado pelo engenheiro Luís Correia da Silva é estender as épocas de prática de golfe, sendo que é necessário demonstrar que é possível aliar a vertente do golfe com o entretenimento e, sobretudo resolver um problema: o facto de, sobretudo na Madeira e no Algarve, não existirem voos diretos nas épocas baixas do ano.

Falando também de problemas, mas já a título de curiosidade, o engenheiro Luís Correia da Silva contou a história de uma família de lontras presente no campo de golfe de Vilamoura, que representa um desafio para os golfistas que muitas vezes se sentem tentados a observar a rica fauna e flora que o percurso aloja, em vez de tentarem diminuir o seu par.

Uma história caricata que ainda assim mostra o potencial destes espaços de lazer e desporto para um esforço de sustentabilidade ambiental compatível com o desenvolvimento económico das regiões circundantes.