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Hospital Municipal da cidade recebeu crianças, mas algumas foram transferidas para Salvador (Reprodução)

Mais de 100 crianças passam mal em escola e são internadas na Bahia

Suspeita é de problema com água do colégio; polícia vai investigar

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Mais de 100 alunos do Colégio Municipal Dr. João Paim, em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, foram internados em hospitais com suspeita de infecção, apresentando sintomas como febre de até 38º C, dor de cabeça e diarreia.

Os alunos, de 11 e 12 anos, são do 6º e 7º ano e começaram a passar mal na tarde desta quinta-feira (13), no treinamento de adaptação para as normas disciplinares da escola, cuja gestão passou a ser compartilhada com a Polícia Militar este ano.

De acordo com a Prefeitura de São Sebastião do Passé, há 868 alunos matriculados na escola e os que passaram mal são os que realizavam esse treinamento. Oito alunos com problemas mais graves foram transferidos de São Sebastião para hospitais de Salvador.

Mãe de uma menina de 11 anos, do 6º ano, uma dona de casa de 32 anos que preferiu não ter o nome divulgado informou que muitos pais ficaram desesperados com os filhos passando mal. “A noite no hospital, mesmo, foi um horror”, afirma.

A filha dela teve de ser transferida para o Hospital Irmã Dulce, em Salvador, por conta de complicações. “Os exames dela tiveram uma alteração que não sei explicar, então nos mandaram para cá”, disse, informando em seguida que recebeu assistência da Prefeitura de São Sebastião do Passé, como medicamentos e transporte.

Minha filha está melhor, mas ainda está tendo diarreia. Todo mundo está achando que foi problema com a água, pois outras crianças comeram o lanche e não tiveram nada”, ela disse.

A Prefeitura informou que nesta sexta-feira entre 20 e 30 alunos receberam alta do Hospital Albino Leitão, em São Sebastião do Passé – a unidade hospitalar possui 54 leitos e, segundo a Administração local, não está superlotada.

A suspeita é que tenha havido uma contaminação pela água da escola, que é abastecida em parte por um sistema de poços artesianos e pela Embasa, empresa estatal. Amostras da água foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central da Bahia para exames.

Há também suspeitas sobre os alimentos servidos na merenda dos alunos entre quarta e quinta, como sucos, achocolatados e biscoitos. Amostras dos mesmos também foram coletados para exames. A Prefeitura garantiu que nenhum alimento está vencido e que o caso está sendo acompanhado também pela Vigilância Sanitária Municipal.

A Polícia Civil informou ao CORREIO que o caso será investigado pela delegada Joana Angélica Santos, embora ainda não foi notificada da situação oficialmente – a investigação policial será por conta da repercussão do caso.