Polícia alemã deteve 12 ativistas de extrema-direita suspeitos de terrorismo
A polícia alemã prendeu, esta sexta-feira, 12 ativistas de extrema-direita suspeitos de envolvimento com uma célula terrorista, que visava atacar políticos e minorias.
De acordo com as investigações, os três principais arguidos terão criado uma organização com fins terroristas, em setembro de 2019, com o objetivo de "violar e abalar a ordem institucional" do Estado alemão.
"Os ataques, cujas medidas concretas ainda não foram apuradas, deveriam ser cometidos contra líderes políticos, pessoas que pediam asilo e pessoas de fé muçulmana, a fim de gerar um clima próximo a guerra civil", explicou o Ministério Público.
O Ministério Público alemão abriu já um processo sumário contra quatro dos arguidos, todos de nacionalidade alemã, por suspeita de envolvimento com aquela célula terrorista e os restantes oito são acusados de cumplicidade, na "assistência a obtenção de armas".
Segundo o comunicado do Ministério Público, da cidade de Karlsruhe, no oeste da Alemanha, o grupo já teria reunido por várias vezes, para preparar os ataques destinados a derrubar o regime político alemão.
As autoridades procederam às detenções após operações que decorreram em seis Estados federados, com buscas a residências e locais frequentados pelos suspeitos, em 13 localidades diferentes, de diferentes regiões do país.
As autoridades alemãs dizem estar preocupadas com o terrorismo de movimentos de extrema-direita, desde o assassínio de um dirigente político alemão pró-imigração, em julho passado.