Piauí registra queda de 5,8% na renda dos trabalhadores ativos, aponta IBGE
Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com
O Piauí registrou queda de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores ocupados entre o terceiro e o quarto trimestre de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda representa o segundo pior resultado do país. Apenas Roraima teve queda maior, de 7,7%.
No quarto trimestre,o menor rendimento do país foi o registrado no Piauí (R$ 1.345), enquanto a maior renda média foi registrada no Distrito Federal (R$ 4.064).
Nacionalmente, o rendimento dos trabalhadores ocupados ficou estatisticamente estável - ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa - na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre do ano em 25 das 27 Unidades da Federação.
O rendimento médio real de todos os trabalhos na média nacional foi estimado em R$ 2.340 no quarto trimestre, mostrando estabilidade estatística tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.317) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.332).
Subtulização do trabalho
No 4º trimestre de 2019, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 23,0%. O Piauí (42,0%) apresentou a estimativa mais alta, seguido pela Bahia (39,0%) e Maranhão (38,2%). Por outro lado, os estados onde foram observadas as menores taxas foram: Santa Catarina (10,2%), Mato Grosso (12,9%) e Rio Grande do Sul (14,6%).
A taxa média anual de subutilização de 2019 ficou em 24,2%, pouco menor que a de 2018 (24,3%). Entre as unidades da Federação, as maiores taxas médias anuais foram registradas no Piauí (42,0%) e Maranhão (40,5%) e as menores em Santa Catarina (10,9%), Mato Grosso (15,0%) e Rio Grande do Sul (15,6%).
Emprego formal
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 74,0% do total de empregados no setor privado do país. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,7%), Paraná (81,2%) e Rio Grande do Sul (80,7%) e os menores, no Maranhão (47,2%), Piauí (52,5%) e Pará (52,6%). A taxa média anual de informalidade do Piauí está em 59,5% e é a terceira pior do país, atrás apenas do Maranhão (60,5%) e do Pará (62,4%).