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Avião experimental da Nasa pode ficar pronto no fim deste ano

X-59 QueSST está sendo desenvolvido para testar um novo design para aviões supersônicos que não causa o "estampido sônico" que incomoda a população em solo

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O avião experimental X-59 QueSST, que está sendo construído pela Nasa para testar o conceito de uma aeronave supersônica com baixo ruído, pode ficar pronto já no final de 2020. Segundo um representante da Lockheed Martin, que está construíndo a aeronave, a produção “está progredindo muito rápido”.

Depois de combinar as várias partes do avião (como a fuselagem e as asas), e da montagem final, “vamos levar a fuselagem para verificação e instalar alguns outros componentes, fazer alguns testes dos sistemas e então ele será apresentado”, disse o representante. O primeiro vôo de testes deve ocorrer em 2021.

A ideia por trás do projeto do X-59 QueSST é desenvolver um avião capaz de voar a velocidades supersônicas sem que produza o “estampido sônico” (Sonic Boom) que é ouvido em solo, que pode perturbar a população e, em alguns casos, até mesmo danificar janelas.

O estampido foi o motivo para a proibição de vôos supersônicos do Concorde sobre os continentes. A aeronave só podia atingir velocidade máxima sobre os oceanos, o que limitou suas rotas e prejudicou sua viabilidade comercial.

A construção do X-59 é apenas a primeira de três fases do projeto. Na segunda ocorrerão mais testes e certificação, tanto mecânica e eletrônica quanto acústica. A terceira fase envolverá a “resposta da comunidade”: a aeronave irá sobrevoar partes específicas dos EUA, e a resposta da população ao sobrevôo será analisada.

"Estamos muito confiantes. Todos os tipos de simulações e previsões se alinham, por isso acreditamos, com base nesses modelos e simulações que executamos, que conseguiremos um estampido reduzido ao atingir velocidades supersônicas", disse o representante da Lockheed Martin.

Se o projeto tiver sucesso, a tecnologia pode abrir as portas para os vários projetos de aviões hipersônicos que estão em desenvolvimento.

Fonte: LiveScience.com