https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=ccc5544d-6ee6-4ffb-aff2-38258a45a1a3&t=20200214145705
Rúben Amorim, treinador do Sp. Braga
© Gonçalo Delgado/Global Imagens

Rúben Amorim quer quebrar jejum de 66 anos no Estádio da Luz

by

Minhotos jogam com o Benfica no sábado, no Estádio da Luz (18.00).

Rúben Amorim garantiu um Sp. Braga ofensivo a querer ganhar no estádio da Luz ao Benfica, no sábado, da 21.ª jornada da I Liga de futebol, o que quebraria um jejum de 66 anos. Os bracarenses não vencem em casa do Benfica, para o campeonato, desde 1954, mas Rúben Amorim frisou a "ambição" da equipa em ir "tentar vencer" à Luz, "sem olhar para o passado, como disse aquando do jogo no Dragão", que os minhotos venceram (2-1), quebrando um jejum de 15 anos.

"A nossa forma de ser é muito ofensiva, é de querer ir ganhar o jogo, de ter protagonismo, e não podemos mudar porque se não vamos perder a nossa qualidade. A ideia é ganhar, seja na Luz, no Dragão ou em Alvalade. Queremos fazer o pleno de vitórias sobre os grandes no último mês. Entrámos sempre para vencer, o Braga já entrava no passado, faltava se calhar aquela estrelinha", disse.

O Sp. Braga vem de nove jogos sem perder (oito vitórias e um empate), os últimos oito sob o comando de Rúben Amorim, e o treinador assegurou que a equipa "não vai abdicar da mesma forma de jogar". Apesar do excelente momento da sua equipa desde a entrada em funções, o técnico viu Bruno Lage ser eleito o melhor treinador do mês de janeiro. E isso tem uma explicação. "Não há nada a comentar, foi uma escolha; fiquei chateado por votarmos no Bruno Lage, se não tivéssemos votado podíamos ter ficado em 1.º", disse sorridente, ele que não podia ser eleito por estar inscrito como adjunto uma vez que não tem o curso necessário para treinar um clube da I Liga.

Questionado sobre o facto de o Benfica ter sofrido oito golos nos últimos quatro jogos, o técnico notou que, apesar disso, a equipa de Bruno Lage "tem ganho", mas que isso lhe deu alguns "sinais de que há algo" que o Braga pode "aproveitar". "É uma equipa que mete muita gente no ataque e é normal que tenha menos gente cá atrás. Vimos o Benfica, como eles a nós, e vamos testar as suas fraquezas, com eles as nossas. Vai depender muito do início do jogo, conhecemos o posicionamento do Benfica e onde poderá haver espaço, estamos preparados", afirmou.

No final da gala do clube, na terça-feira, Palhinha deixou reparos aos comentadores por insinuações de que o Sp. Braga facilita nos jogos com o Benfica, mas o técnico fez valer a experiência de ter jogado pelos dois clubes para desmentir essa ideia. "É-me difícil perceber isso. Joguei até há pouco tempo e, pelo Sp. Braga, ganhei ao Benfica e, pelo Benfica, perdi com o Sp. Braga - numa meia-final da Liga Europa, por exemplo, eu estava do outro lado. Não é verdade, não ligo a isso, e queria que as pessoas de Braga não dessem qualquer importância a esse assunto", disse.

O técnico deixou elogios ao Benfica, "sempre uma equipa perigosa", que tem uma característica de todas as equipas grandes - não interessa o resultado anterior, joga sempre para vencer.

Rúben Amorim frisou que a preparação do Braga "não foi em função do momento do Benfica, mas dos jogadores -- "por exemplo, se joga o Weigl ou o Florentino" -, e admitiu que, sem Gabriel, "um jogador muito importante" para os 'encarnados', o adversário pode alterar a forma de jogar. "Os números assim o dizem, tem características diferentes dos outros médios. Na preparação do vídeo que fizemos, tínhamos o Gabriel e tivemos que mudar algumas coisas, porque altera um pouco a forma de jogar do Benfica. Mas é o Benfica e, se não tem um jogador, joga outro, tal como o FC Porto, Sporting ou como o Braga, não joga um, joga outro e mantém-se a qualidade", completou.

O treinador não quis revelar se Raul Silva, regressado após lesão, voltará ao eixo defensivo e desvalorizou as várias lesões que os defesas centrais do clube têm tido nos últimos tempos. "Não me preocupa porque os jogadores têm dado conta do recado, mas é uma posição em que é preciso criar algumas rotinas e até tentamos mudar sempre os parceiros nos treinos para precaver lesões. Perdem-se algumas rotinas, mas preferimos assim. Sem o Tormena, não podemos treinar tanto a velocidade, mas o Wallace é muito mais experiente, mais forte no contacto físico e no jogo aéreo", disse.