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Califórnia quer anular 85 mil condenações por maconha

Um programa piloto lançado na Califórnia quer anular mais de 85 mil condenações relacionadas a maconha, algumas delas definidas a cerca de 60 anos. A venda e uso da erva para fins recreativos foi legalizado em 2018.

Os especialistas acreditam que o consumo e a venda de maconha está presente na mesma proporção a todas as origens étnicas e culturais. Mas um estudo feito nos EUA, divulgado em 2016, mostrou que os cidadãos americanos negros, que representam apenas 6% da população da Califórnia, correspondem a 25% dos presos exclusivamente por infrações ou delitos relacionados a cannabis.

Das cerca de 53 mil pessoas afetadas pela medida no condado de Los Angeles, 32% são negras, 45% latino-americanas e 20% brancas, segundo a promotoria.

Essas penalizações, algumas delas que datam 1961, também dificultam a busca por emprego e por moradia.

A lei californiana que legaliza o uso e venda de cannabis para fins recreativos também pressupõe que as pessoas condenadas por delitos que deixaram de existir a partir da liberação possam solicitar a um juiz para eliminar esses registros penais.

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