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Cartões de crédito e débito. Fotografia: Global Imagens

25% dos pagamentos com cartão são feitos online

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Dados são do 'Payment Plus Q1 2020' da consultora norte-americana Oliver Wyman

Um quarto dos pagamentos com cartão, de crédito ou débito, são feitos online. Mais. No último ano, o aumento dos pagamentos digitais foi três vezes superior aos pagamentos em dinheiro, o que leva a consultora norte-americana Oliver Wyman a considerar que, se esta tendência se mantiver, “o dinheiro físico eventualmente acabará por desaparecer.

Os dados são do estudo Payment Plus Q1 2020, da Oliver Wyman, que lembra que 2019 foi o ano em que Amazon, Facebook, Apple e Google anunciaram a entrada no setor dos serviços financeiros, com impacto nas formas de pagamento.

“A crescente presença dos grandes distribuidores em novos setores, como o financeiro, deve-se a uma série de fatores. Por um lado, a intensa competição nos mercados onde operam, que faz com que sintam a necessidade de inovar para oferecer experiências únicas e diferenciadoras, e que garantam um aumento considerável da sua receita. Por outro, os serviços financeiros que começam a oferecer têm gerado um maior fluxo de comércio online”, refere a consultora em comunicado. E dá como exemplos os pagamentos móveis que algumas empresas já comercializam. É o caso do serviço Apple Pay que conta com um número “cada vez maior” de cartões de crédito e de débito registados. E diz a Oliver Wyman que, no último ano, cerca de 20% dos seus utilizadores optou por pagar através desta plataforma pelo menos uma das compras realizada. Já a Samsung alcançou mais de 21% de utilizadores com este serviço.

“Em geral, as principais empresas digitais estão equiparadas no que respeita à utilização de cartões de débito e crédito. No total, representam aproximadamente 40% de todas as transações de comércio digital”, pode ler-se no comunicado.

Estas empresas começam a mudar a sua conceção dos serviços financeiros: se antes os pagamentos eram concebidos como um aspeto meramente operativo do negócio, agora são considerados como uma fonte de receita e de crescimento da rentabilidade. Em alguns casos, representam até um quarto dos benefícios globais, incluindo empresas que não são conhecidas por fornecer este tipo de serviços. “Com todas estas mudanças, quem vai sofrer são as empresas mais tradicionais, como é o caso da banca, que se vê obrigada a reinventar-se perante a possibilidade do desaparecimento do dinheiro físico e da crescente entrada de novos concorrentes em diferentes segmentos de mercado, como o dos pagamentos”, destaca a consultora americana.