W-52-F. C. Porto é a favorita, mas Efapel promete apimentar época

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W52-F. C. Porto continua a ser o favoritoFoto Filipe Amorim / Global Imagens
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W52-F. C. Porto continua a ser o favoritoFoto Filipe Amorim / Global Imagens

O regresso da W52-F. C. Porto ao escalão continental não altera o "status quo" do pelotão velocipédico português, em que os dragões são a mais forte das nove equipas nacionais, apesar dos reforços de peso da Efapel.

No pelotão, a principal surpresa é a mudança de Tiago Machado para a Efapel, que também roubou António Carvalho aos dragões, contudo o reinado incontestado da W52-F. C. Porto em Portugal deverá continuar e até pode sair reforçado com a descida de divisão.

A opção de dar um passo atrás, e abdicar da licença Profissional Continental, que obrigou a equipa a mais gastos, mais quilómetros acumulados e mais viagens, sem que os resultados internacionais acompanhassem os esforços financeiros e humanos, deixará a formação mais forte do pelotão nacional livre para estender o domínio avassalador da Volta a Portugal a outras competições.

Apesar da incógnita Raúl Alarcón, vencedor da Volta a Portugal em 2017 e 2018 que está suspenso preventivamente por "uso de métodos proibidos e/ou substâncias proibidas", a W52-F. C. Porto tem no plantel nomes de peso, como João Rodrigues, o detentor do troféu da prova rainha do calendário nacional, o veterano Gustavo Veloso, vencedor em 2014 e 2015 e terceiro no ano passado, ou o regressado Amaro Antunes, segundo em 2017.

O bloco portista, que, aparentemente, está menos imponente do que em 2019, devido às saídas de Joaquim Silva (Miranda-Mortágua), Rafael Reis (Feirense), César Fonte e António Carvalho, mas só tem um rival à altura, a Efapel, que contratou Fonte e Carvalho e ainda Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista) e Tiago Machado (Sporting-Tavira) para escoltarem Joni Brandão.

Três vezes vice na Volta a Portugal (2015, 2018 e 2019), o português de 30 anos quer, finalmente, subir ao lugar mais alto do pódio a 9 de agosto, tendo, para isso, construído uma equipa poderosa capaz de acompanhá-lo em todos os momentos, o que não aconteceu na edição passada.

Depois de um regresso discreto a Portugal, com as cores do Sporting-Tavira, Tiago Machado abandonou os algarvios para juntar-se a Sérgio Paulinho, o outro ex-WorldTour do pelotão luso, na guarda de Brandão. A debandada da equipa de Tavira coincidiu com a retirada de patrocínio do Sporting, que após quatro anos desistiu do ciclismo.

Assim, a formação mais antiga do mundo, agora rebatizada Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, apresenta-se em 2020 com ambições e um plantel reduzido, tendo na eterna esperança Frederico Figueiredo e no espanhol Alejandro Marque, vencedor da Volta em 2013, as principais figuras.

Embora as equipas nacionais (todas continentais, a terceira divisão do ciclismo mundial) sejam nove, apenas cinco podem aspirar a entrar na luta pela vitória nas mais relevantes competições, com Rádio Popular-Boavista e Aviludo-Louletano a completarem o lote das grandes.

Os axadrezados mantiveram João Benta, David Rodrigues e Daniel Silva e deram uma segunda oportunidade ao espanhol Alberto Gallego, no regresso após uma suspensão de quatro anos por doping, e os algarvios contam com Vicente García de Mateos, terceiro classificado da Volta em 2017 e 2018, para liderar a equipa.

As aspirações de Feirense, da Kelly-InOutBuild-UDO, reforçada com Henrique Casimiro, da Miranda-Mortágua e da jovem LA-Alumínios-LA Sport são moderadas, perspetivando-se, no entanto, que possam ser as grandes animadoras dos quase 60 dias de competição previstos no calendário nacional.

A primeira prova grande da época disputa-se já este mês: a 46.ª Volta ao Algarve, entre os dias 19 e 23. Segue-se no calendário nacional a 38.ª Volta ao Alentejo (18 a 22 de março), o Grande Prémio O Jogo (28 a 31 de maio), o 41.º Grande Prémio Abimota (10 a 16 de junho), 28.ª Volta a Portugal do Futuro (25 a 28 de junho) e o 43.º GP Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho (16 a 19 de julho).

A 82.ª edição da Volta a Portugal está agendada para os dias 29 de julho a 9 de agosto. O programa das principais provas nacionais encerra com o 30.º Grande Prémio Jornal de Notícias, agendado para os dias 24 a 30 de agosto.