Colômbia tenta exportar flores sem droga
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Sendo o segundo maior exportador mundial de flores, o Dia de São Valentim é uma data importante para a Colômbia, que vende molhos como este para diversos países europeus.
Mas a Colômbia é também o principal produtor de cocaína e os traficantes tentam esconder a droga nas remessas de flores. Para evitá-lo os produtores de flores trabalham sob estritas medidas de segurança. Câmaras filmam cada etapa do processo.
"Nós somos uma empresa certificada. Vats é uma aliança de empresas para garantir que as exportações vão livres de atividades ilícitas. No âmbito desta aliança, devemos proteger a seleção e contratação dos nossos trabalhadores, fornecedores e de todo o material de embalamento necessário para a exportação", afirma Ximena Rodríguez, gerente da Tenjo Flowers.
Estes códigos de barras revelam o percurso das flores desde a origem, ajudando as investigações policiais, caso seja encontrada droga nos carregamentos.
Os camiões são inspecionados e trancados antes de partirem e são depois abertos pela polícia quando chegam ao aeroporto.
Cerca de 500 mil caixas de flores passaram pelos scanners do aeroporto no mês passado e 26 mil foram inspecionadas por polícias. Em 2018, eles encontraram mais de 400 quilos de cocaína nas remessas de flores.
"Descobrimos que não camuflam drogas apenas no núcleo das flores, mas também nos caules, nas caixas onde seguem as flores. Descobrimos também que camuflaram o alcaloide para ser exportado", conta José Fernando Acosta da Polícia Nacional da Colômbia.
A polícia não encontrou um único grama de drogas este ano nos 600 milhões de flores exportadas para o Dia dos Namorados.
"Mais de 160 mil hectares de folhas de cocaína ainda existem na Colômbia. Os traficantes usam todo o tipo de remessas para introduzir droga na Europa. Mas aqui, no aeroporto de El Dorado, em Bogotá, a polícia luta para que não entre nos carregamentos de flores. Um negócio que olha cada vez mais para o outro lado do Atlântico, graças ao Tratado de Livre Comércio entre a Colômbia e a União Europeia", conclui o correspondente da Euronews em Bogotá, Héctor Estepa.