DiverLanhoso reabre forte em Caminha como centro turístico com alojamento de quatro estrelas
Turismo
O Forte da Ínsua, em Caminha, “abandonado há décadas”, vai reabrir no início de 2022 transformado em centro de atividades turísticas com alojamento, “num conceito de quatro estrelas”, revelou hoje à agência Lusa o presidente da câmara.
Miguel Alves informou que a intervenção naquele imóvel, cujo valor não foi revelado, foi adjudicada à DiverLanhoso.
A empresa, também responsável por um parque aventura na Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga, venceu o concurso público para a concessão do imóvel lançado em julho de 2019 pelo programa governamental Revive.
Àquele procedimento concorreram quatro empresas, três portuguesas e uma francesa.
O Forte da Ínsua, construído entre 1649 e 1652, encontra-se numa pequena ilha rochosa, na foz do rio Minho, perto da costa. Está situado na Ínsua de Santo Isidro, na freguesia de União das Freguesias de Moledo e Cristelo, em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.
O projeto vencedor prevê a “instalação de um estabelecimento de alojamento local no interior da fortaleza, respeitando todas as regras de preservação do edificado histórico”.
O novo espaço, “na modalidade de estabelecimento de hospedagem”, terá “cerca de oito quartos duplos e um conjunto de áreas de apoio que permitirão criar zonas de estar, salas de refeições, zonas de apoio e outras estruturas, sempre numa lógica de interpretação e valorização do espaço”.
O complexo turístico proposto pela empresa vencedora irá “desenvolver um conjunto de atividades de animação turística na área do ‘touring’ cultural e paisagístico”, explicou o autarca socialista.
Miguel Alves acrescentou que “o projeto aposta na animação turística de um espaço monumental, numa ligação ao mar, ao estuário do rio Minho, à praia de Moledo, à Foz do Minho e à margem galega”.
“Para além de sessões com recriações históricas dirigidas a públicos específicos e atividades de ‘scape rooms’ que promovam espírito de grupo, a oferta será valorizada com elementos de realidade aumentada que tornem a experiência vivida mais imersiva”.
Segundo Miguel Alves, “toda a ação prevista para o edificado será complementada com ‘tours’ ao longo do curso do rio Minho (aquáticos, rodoviários e cicláveis), atividades de água em rio e mar, estando prevista a aquisição de ‘hovercrafts’ e de um veículo anfíbio, que também poderão assegurar o transporte para a ilha”.
O projeto empresarial prevê ainda a realização de “diversas atividades na costa, aproveitando todo o potencial natural e paisagístico da região”.
“O projeto vencedor assegura aquilo que muitos sonhavam e todos queríamos. A valorização de um dos símbolos maiores do concelho e da região, o aproveitamento de um edificado em abandono, o lançamento de uma nova atividade económica no concelho que vai trazer mais gente, criar mais emprego e honrar o passado e o futuro da nossa terra”, afirmou Miguel Alves.
A abertura do complexo turístico proposto pelo promotor português “deverá acontecer 24 meses após a adjudicação do júri do concurso presidido pela Câmara Municipal de Caminha”.
“Se é verdade que a economia de Caminha tem vindo a afirmar-se nos últimos anos com um forte investimento na área do turismo, não deixa de ser importante continuar a trabalhar para manter em baixa os números de desemprego e continuar bater recordes, como fizemos nos últimos cinco anos, relativamente ao elevado número de hóspedes e dormidas que temos vindo a ter no concelho”, salientou o autarca.
Lançado em 2016, o Revive é um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, que visa promover a recuperação e a requalificação de imóveis públicos classificados que estão sem uso, através da concessão a privados para exploração para fins turísticos.