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Missão Takeoff Algarve: transformar uma Universidade para transformar a Região

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O papel da Universidade de hoje não é apenas produzir novos conhecimentos mas também disseminar esses conhecimentos para a sociedade. O potencial impacto no crescimento humano, económico e social para as sociedades da assumida “terceira missão” da Universidade tem levado muitos países a introduzir reformas e iniciativas políticas para incentivar e potenciar a transferência de conhecimento. Várias universidades tradicionais de investigação têm vindo a transformar-se em universidades empreendedoras, incentivando e promovendo atividades com forte potencial criativo e inovador. Desde a ação pioneira de Stanford, que gerou Silicon Valey, na Califórnia, aos Innovation Clusters na Coreia do Sul, ou aos Parques Tecnológicos localizados na China, Índia e mesmo em Portugal, tem-se demonstrado que não há missões impossíveis quando a ação da Universidade se conjuga com as necessidades e ambições da sociedade, e ainda mais quando conta com o apoio dos governos locais, regionais ou nacionais.

À Universidade que quer ser empreendedora exige-se fornecer uma cultura e um ambiente adequado que incentive os docentes e investigadores a disseminar e os seus conhecimentos. A esta Universidade exige-se mudanças nas políticas, cultura e rotinas, capacidade de envolvimento real de toda a academia, e conhecimento profundo e imersivo do contexto onde se insere de forma a estabelecerem-se as conexões entre as atividades de investigação e ensino, por um lado, e os desafios da indústria, serviços e sociedade em geral, por outro. Exige-se ainda novas formas e novo posicionamento nas interações com os restantes atores da sociedade para que possa haver contaminação positiva no ecossistema. Este desafio gera a necessidade de novas relações entre ensino, investigação e inovação no interior da Universidade, e novas relações com as empresas (públicas e privadas), bem como novas relações com as entidades governamentais (locais, regionais e nacionais).

Consciente do desafio, o ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes propõe-se passar a ter um papel protagonista no processo de desenvolvimento económico e social do Algarve, tendo o empreendedorismo e os ambientes de inovação como fundamento. A estratégia está traçada. Tendo como referência as melhores práticas de “descolagem” de ecossistemas de empreendedorismo e inovação de diferentes centros académicos e de incubação nacionais e internacionais, e após uma primeira etapa, ainda em curso, de renovação da oferta formativa conferente de grau académico, corpo docente e de investigação, processos e práticas pedagógicas, instalações e equipamentos, o ISMAT prepara-se para lançar, em início de Março, a Start-up (I-Ship) e a Escola de Negócios (ABS – Algarve Business School). Resultantes de intensa interação e sinergia entre docentes, estudantes e alumni do ISMAT, representantes dos principais setores de atividade e da comunidade algarvia, e com apoio das entidades de governo locais e regionais, as novas estruturas foram projetadas para a criação de um ambiente propício à atração e retenção de pessoas com talento, onde as competências tenham espaço para florescer e se desenvolverem, gerando processos de inovação impactantes a nível humano, económico e social.

No arranque, os principais agentes do ecossistema partilham como missão a busca do desenvolvimento das pessoas, da economia e da sociedade, tendo como meio o empreendedorismo e a inovação alimentados pela força das ideias e a vontade de crescer e evoluir, competência nata e distinta de todos os humanos.

Neste desafio, cabe ao ISMAT uma responsabilidade renovada enquanto motor de um processo de transformação, levando o conhecimento à sociedade, atuando na resolução de problemas e na abertura de novas oportunidades para o Algarve.

A responsabilidade é grande, mas o ISMAT assume-a com empenho!

Célia Gonçalves Pires, Administração ISMAT