Marcelo defende colaboração entre Portugal e a Índia nas alterações climáticas e direitos humanos
Presidente da República está de vista à Índia. “É a primeira visita de Estado desde há 13 anos” àquele país .
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta sexta-feira que Portugal e a Índia devem colaborar multilateralmente no desafio do combate às alterações climáticas e na promoção da paz e dos direitos humanos.
O chefe de Estado deixou esta mensagem no Palácio Presidencial, em Nova Deli, onde foi recebido pelo seu homólogo indiano, Ram Nath Kovind, no final de uma cerimónia oficial de boas-vindas com honras militares, durante a sua visita de Estado à Índia.
“Há toda uma colaboração multilateral pensando na paz, pensando no diálogo, pensando nas mais jovens gerações, no desenvolvimento sustentável, no desafio das alterações climáticas, mas também no direito internacional e nos direitos humanos”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, com Ram Nath Kovind ao seu lado.
Segundo o Presidente da República, no plano bilateral, “há um passo importante a dar” com o reforço da “cooperação económica, tecnológica, científica e cultural”.
“Eu agradeço ao Presidente Kovind este convite e a forma tão calorosa, amável e tão amiga como me recebeu. E faço-o em nome de todos os portugueses”, acrescentou.
O jornalista Surgir Kamari, do canal público de televisão indiano Doordarshan News, estava preparado para fazer a pergunta da praxe ao chefe de Estado convidado sobre as suas “expectativas para esta visita”, mas não teve oportunidade para isso.
Ao aproximar-se do púlpito no exterior do Palácio Presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa tomou de imediato a palavra, falando primeiro em inglês e depois em português, com a mesma mensagem.
O Presidente da República começou por assinalar que esta “é a primeira visita de Estado desde há 13 anos” e considerou que “significa uma mudança muito grande no mundo e nas relações entre os dois países”.
Depois, referiu que “a Índia é um poder global, podemos dizer um superpoder, e Portugal uma plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continentes, e o actual secretário-geral das Nações Unidas é português”.
“Isso mostra como podemos multilateralmente trabalhar pelo mundo, pela paz no mundo, pelo desenvolvimento sustentável, pelas gerações mais jovens, pelo direito internacional e pelos direitos humanos. Mas também bilateralmente, vamos melhorar a nossa cooperação, economicamente, tecnologicamente, cientificamente, culturalmente”, acrescentou.