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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: "Eu alertei: ‘Rio de Janeiro, olhe seus números de vacinação, vacine’" Foto: Jorge William

Ministro da Saúde diz que Governo do Rio 'relaxou' no combate ao sarampo

Luiz Henrique Mandetta afirmou ter alertado sobre a ameaça da doença no estado; primeira morte no território fluminense foi confirmada nesta quinta (13) - um bebê de oito meses

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que as autoridades fluminenses “relaxaram” no combate ao sarampo no Estado do Rio - que confirmou nesta quinta (13) a primeira morte decorrente da doença em Nova Iguaçu: um bebê de oito meses.

“Diziam que seria impossível controlar São Paulo. Eu alertei: 'Rio de Janeiro, olhe seus números de vacinação, vacine'. Relaxaram. O que aconteceu? Casos de sarampo (em 2020) em São Paulo: 73. Casos no Rio: 72. Mas em São Paulo está diminuindo, e no Rio crescendo. Levou um ano para controlar São Paulo, que é mais organizada do ponto de vista de saúde pública do que o Rio”, afirmou Mandetta em entrevista a ÉPOCA.

O sarampo já havia sido erradicado no Brasil e por mais de uma década não houve registro da doença no Rio de Janeiro.

O ministro da Saúde disse que o governo federal fez a sua parte, mas ponderou que o trabalho não é suficiente sem empenho na esfera estadual: “Posso disponibilizar todas as vacinas, fazer a campanha como estamos fazendo, colocar na televisão, mandar o dinheiro, pedir para os secretários de Saúde, posso dialogar com toda a sociedade, mas não posso fazer, senão é intervenção da União.”

Mandetta também mencionou as ações concretas tomadas por sua gestão: “No ano passado, vi que o número de vacinações no Brasil estava caindo. Se você não está vacinando, significa que a atenção primária está abandonada. Falei: 'Vamos medir, vamos pagar por indicadores'. O município que atingir acima de 95% (de vacinação) ganha R$ 1 por habitante, o que atingir de 90% a 95%, ganha 50 centavos. E o que atingir abaixo de 90% vai receber assistência para ver se consegue corrigir.”

Na conversa com a ÉPOCA, o ministro falou também sobre a ameaça do coronavírus no Brasil e a campanha de prevenção da dengue.

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