PSD exige tratamento igual no financiamento das universidades da Madeira e dos Açores

Presidente da ANACOM diz que falta vontade política para desburocratizar subsídio de mobilidade

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O Grupo Parlamentar do PSD quer que a Universidade da Madeira tenha as mesmas condições de financiamento que a Universidade dos Açores.

Este foi o principal motivo da reunião realizada hoje com a Associação de Estudantes da UMa, onde o deputado Bruno Melim apresentou o projeto de resolução que o PSD já deu entrada na Assembleia Legislativa da Madeira com esse mesmo objetivo.

“É importante que não esqueçamos que, no Orçamento do Estado, aprovado na semana passada, o Governo da República tinha recusado o aumento das verbas para as universidades das regiões autónomas, em 1,2 milhões de euros anuais, o que equivaleria, num prazo de cinco anos, a 4,8 milhões”, disse o deputado.

Contudo, esse valor foi assegurado poucos dias depois pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para a Universidade dos Açores, deixando de lado a Universidade da Madeira.

“Não podemos compreender nem aceitar que a Universidade dos Açores receba 1,2 milhões de euros a mais por ano e a Universidade da Madeira, com as mesmas condições, com o mesmo estudo e com o mesmo impacto tenha ficado preterida”, afirmou Bruno Melim, salientando que não se trata de questões partidárias, mas de pessoas e jovens. “Nós não queremos desinvestir neles e isso passa, exactamente, por assegurar as suas capacidades, as suas condições de formação e, acima de tudo, garantir que para a mesma situação não há dois pesos e duas medidas.”

E é por isso que o PSD vai insistir que se faça justiça nesta matéria, não só através do projeto de resolução com vista a garantir as mesmas condições de financiamento para as duas universidades, mas também de audições parlamentares aos reitores de ambas as instituições e ao Secretário de Estado do Ensino Superior.

“Queremos perceber quais foram os critérios políticos da definição do quadro de financiamento”, salientou Bruno Melim, reforçando que, o que se pretende é que os estudantes da Universidade da Madeira “sejam tidos em conta porque são eles que nos fazem acreditar que o futuro está em boas mãos.”