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“Quem é essa porcaria chamada Greenpeace?”, diz Bolsonaro

Presidente ironiza ONG após nota emitida pela organização criticando o Conselho Nacional da Amazônia Legal

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Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a ONG ambientalista Greenpeace. “Quem é Greenpeace? Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo”, disse na saída do Palácio da Alvorada.

O ataque se deve a uma nota emitida pela entidade, que destacou que o Conselho da Amazônia não possui meta e nem orçamento. Segundo informações do jornal Correio Braziliense, Bolsonaro assinou na última terça-feira (11/02) um decreto que transferiu a coordenação do Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Meio Ambiente para o Vice-Presidente Hamilton Mourão. 

Contudo, o conselho é composto apenas por ministérios e secretarias do  governo federal – “os governadores, indígenas e a sociedade civil não fazem parte da sua composição”, pontua o Greenpeace.

Além do vice-presidente Mourão, o Conselho será composto pelos ministros da Casa Civil; da Justiça e Segurança Pública; da Defesa; das Relações Exteriores; da Economia, da Infraestrutura; da Agricultura; Ciência; Minas e Energia; Meio Ambiente; Desenvolvimento Regional e dos chefes da Secretaria-Geral, da Secretaria de Governo e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Os governadores da região ficaram de fora do conselho, assim como os indígenas, a sociedade civil e o Ministério do Meio Ambiente – neste caso, o Greenpeace diz que a retirada da pasta é uma “tentativa de minimizar o impacto negativo da gestão do ministro Ricardo Salles (…) e (Bolsonaro) espera que isto já seja suficiente para enganar a opinião pública e os investidores internacionais”.

Segundo o comunicado emitido pelo Greenpeace, o novo Conselho da Amazônia não vai anular a política antiambiental do governo e não tem por finalidade combater o desmatamento ou o crime ambiental, e os resultados “continuarão sendo medidos diariamente pelos satélites que medem o desmatamento”.

O Greenpeace lembra que, apenas no último ano, houve um orquestrado desmonte dos órgãos de proteção e fiscalização ambiental, que resultou num aumento do desmatamento em 30%, na queima da floresta e da imagem do Brasil nacional e internacionalmente. 

“Desde o anúncio do aumento do desmatamento em novembro, o governo emitiu uma Medida Provisória para premiar grileiros (MP 910/2019) e um Projeto de Lei para garimpeiros (PL 191/2020). Os alertas de desmatamento medidos pelo sistema DETER do INPE para o mês de janeiro de 2020 apontaram 280 km², o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Agora reuniram o presidente, seu vice, os ministros e autoridades em uma grande cerimônia, uma encenação, para criar um conselho que é uma verdadeira soma de zeros”, finaliza a ONG.

Com informações do Correio Braziliense.

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