O ‘Super Bowl’, a final da NFL (Liga de Futebol Americano), é o horário mais caro da televisão estadunidense. Comerciais icônicos e performances históricas dos principais artistas do pop internacional amarram a atração esportiva e atraem a maior audiência da televisão americana.
Por isso, a PETA (Organização pelo Tratamento Ético dos Animais), uma das maiores ONGs a favor do veganismo no mundo, queria colocar um comercial defendendo o fim do especismo (a opressão dos homens contra outras espécies) no horário mais assistido do entretenimento americano. Porém, segundo a organização, a FOX – responsável pelos direitos de transmissão do evento – não permitiu a veiculação da peça publicitária.
A PETA alega que o comercial que seria transmitido durante o SuperBowl foi boicotado pela FOX
A organização se inspirou na postura do jogador Colin Kaepernick. Ele foi responsável por um dos maiores protestos da história da NFL, fazendo um aceno ao movimento ‘Black Lives Matter’, em 2017. Kaepernick foi boicotado pela liga, perdeu seus contratos, mas se manteve como um símbolo pela igualdade racial nos Estados Unidos. Há três anos fora da liga, o jogador continua como uma das principais vozes do movimento negro nos EUA.
colin kaepernickExcited to share this project with you. Drops Monday, Dec. 23rd. #TrueTo7
A PETA se apropriou do símbolo criado pelo jogador – ajoelhado de punho erguido ao som do hino americano – para atentar contra a crueldade animal. No vídeo, é possível ver diversos animais emulando o protesto de Kaepernick, em uma bela mensagem contra a opressão animal.
“Reconhecido de maneira positiva pelo próprio Kaepernick, esse projeto é um tribulo a todos os movimentos que nos lembram de abrir nossos corações e nossas mentes e rejeitar todas as formas de injustiça, incluindo sexismo, capacitismo, racismo, preconceito por idade, homofobia e o especismo”, afirmou a PETA em comunicado oficial no seu site, saindo em defesa de sua campanha.
“A NFL talvez não esteja preocupada com a desiguladade, mas nós da PETA somos ativistas que continuaremos a trabalhar para destruir todas as formas de opressão”, concluiu a ONG.