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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Lucros da CGD aumentam 57% em 2019

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Banco público registou resultados líquidos de 776 milhões de euros o ano passado, que beneficiaram da venda do espanhol Banco Caixa Geral em Espanha e do sul-africano Banco Mercantile

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou resultados líquidos de 776 milhões de euros em 2019, um crescimento de 57% face a 2018, anunciou hoje o grupo em comunicado ao mercado.

No exercício passado, o banco público liderado por Paulo Macedo viu o resultado líquido da actividade corrente crescer 27%, para 632 milhões de euros, “originando um ROE de 8,1%”, acima do previsto.

O resultado extraordinário de 144 milhões de euros “está relacionado com o processo de venda das subsidiárias internacionais sendo, maioritariamente, decorrente da reversão de imparidades constituídas em 2017”.

Em 2019 a instituição financeira alienou o Banco Caixa Geral (em Espanha) e do Banco Mercantile (África do Sul) “prosseguindo a execução do plano estratégico e a optimização do balanço do grupo”

Em termos da actividade doméstica, o lucro foi de 449 milhões se euros, mais 48% do que em 2018. As operações internacionais contribuíram com 183 milhões de euros. As imparidades para risco de crédito caíram 169 milhões de euros. 

Pela primeira vez, a CGD apresentou em 2019 um cost to income abaixo de 50%, de 47%. 

Em termos de indicadores de solidez, “os rácios “fully implemented” CET 1, Tier1 e Total situaram-se em 16,8%, 17,9% e 19,3%, respectivamente”, acrescenta a administração, “evidenciando a robusta e adequada posição de capital da CGD”, classifica.

No quadro da apresentação das contas anuais de 2019, o presidente da CGD, Paulo Macedo, anunciou a intenção de reforçar o Fundo de Pensões dos trabalhadores em 300 milhões de euros, decisão que não estava prevista no plano estratégico negociado com o Estado e as autoridades europeias. 

Em Dezembro de 2019 o grupo CGD contava com 7100 empregados (menos 575 do que no ano anterior), dos quais 6706 em Portugal (em 2018 os números eram 7244).