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LUSA/ESTELA SILVA

PCP contra proposta “inaceitável” de aumento de 0,3% para função pública

 O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou nesta sexta-feira a proposta “inaceitável” de aumento salarial de 0,3% para a função pública, contestado pelos sindicatos, e apoiou a reivindicação de 90 euros dos trabalhadores.

Jerónimo de Sousa foi hoje saudar a manifestação dos trabalhadores da administração pública, em dia de greve nacional, nas ruas de Lisboa, entre o Marquês do Pombal e São Bento.

O líder comunista realçou que “este sector da administração pública não tem qualquer evolução salarial há dez anos”.

“Estamos a falar de trabalhadores que garantem os serviços públicos na educação, na saúde, nas forças e serviços de segurança, na justiça, de muitos homens e mulheres das autarquias locais que deveriam merecer por parte do Governo mais respeito”, disse.

Para Jerónimo de Sousa, o executivo do PS fez uma “proposta inaceitável” de “0,3% de aumento”, o que “demonstra uma falta de respeito por justas aspirações por justas reivindicações destes trabalhadores” e daí o PCP “esta poderosa manifestação antecedida por greve em muitos serviços”.

Os sindicatos, da CGTP e da UGT, contestam a proposta de 0,3% de aumentos salariais para este ano apresentada pelo Governo, que consideram “ofensiva” após dez anos de congelamento, e a forma como o processo negocial decorreu.

O Governo voltou a chamar as organizações sindicais para uma reunião dia 10 de Fevereiro, quatro dias após a votação final global do OE2020.

Além de aumentos salariais “dignos”, as estruturas sindicais reclamam a correcção da Tabela Remuneratória Única, a revisão do sistema de avaliação de desempenho e o alargamento da ADSE aos trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho do Estado aos trabalhadores precários que foram regularizados.