Zé Rafael aprova mudança de posição nas mãos de Luxemburgo
Acostumado a jogar como meia armador ou ponta, Zé Rafael vem tendo uma nova missão no Palmeiras neste inicio de temporada: atuar como segundo volante. Nas mãos de Vanderlei Luxemburgo, o camisa 8 foi recuado e ganhou novas responsabilidades no Verdão.
“Nessa função eu não me imaginava, é um lugar do campo um pouco mais recuado do que estou habituado a jogar, sempre joguei do meio pra frente, fui até falso nove no fim do ano, são características e posições diferentes. O que ficou pra trás não dá pra voltar, tem que vivenciar o que está acontecendo”, comentou em entrevista coletiva desta sexta-feira.
“O jogo flui com características diferentes. Jogando mais recuado eu saio mais com a bola de frente. Na ponta, eu recebo mais de lado ou de costas, o que dificulta um pouco. A adaptação está sendo boa, o professor está me ajudando e espero me adaptar cada vez mais”, explicou o meia.
Na última quarta-feira, Zé Rafael estreou como titular em 2020, na goleada por 4 a 0 sobre o Oeste no Pacaembu. Ao invés de disputar vaga com Lucas Lima ou Gabriel Verón, o camisa 8 tomou o lugar de Gabriel Menino, formando uma dupla de volantes com Ramires.
“Sobre a marcação, é quase igual como ponta, só muda a região do campo. Jogando mais centralizado tem que proteger uma região mais perigosa do campo, isso que o professor vem ajustando, o professor tem me ensinado e mostrado os caminhos, acho que tenho evoluído de uma maneira bem positiva”, seguiu.
A mudança de Zé Rafael já é uma das marcas do trabalho de Luxemburgo no Palmeiras. Elogiado pelo meia, o técnico também deslocou Felipe Melo para jogar como zagueiro e testou Raphael Veiga aberto pelo lado esquerdo do do ataque.
“O Luxemburgo, com essa característica de mudar, foi feliz e está me ajudando. Dá pra evoluir muito e crescer durante o ano”, disse. “É um treinador que permite que você faça tudo que pode, ele dá essa liberdade ao atleta fazer o que acha que é certo. Ele nos dá essa confiança e deixa isso claro. Pode driblar, tentar dar caneta, chapéu, mas com responsabilidade. Não vou fazer isso onde tenha risco, mas ele nos dá essa liberdade”, seguiu.
“Ele (Luxemburgo) já tem uma característica de ajustar algumas posições de atletas ao longo da carreira. Por tudo que ele já ganhou e vivenciou, ele entende do que está fazendo. Ele sugeriu a mudança e eu disse que não tinha problema. É uma novidade pra mim, mas com algumas semanas de treino dá pra se adaptar e foi isso que aconteceu. Ele começou com isso na Flórida, eu fui aprimorando e acho que já está melhor que no início”, concluiu o camisa 8.