Em nota, Cruzeiro faz esclarecimento sobre dívidas na Fifa: 'Vários vencimentos e até 2022'
Clube celeste se manifestou após declarações de integrante do núcleo gestor
by RedaçãoO Cruzeiro explicou em nota, divulgada nesta sexta-feira, que as dívidas contraídas em negociações de jogadores ao longo dos últimos anos, cobradas por outros clubes na Fifa, têm “vários vencimentos e vão até 2022”.
Nessa quinta-feira, o presidente do Núcleo Dirigente Transitório, Saulo Fróes, afirmou durante cerimônia de premiação do Troféu Guará, da Rádio Itatiaia, que o débito era de R$ 60 milhões e precisaria ser quitado até 1º de abril, o que foi desmentido pelo clube no comunicado.
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“Uma das questões importantes que a atual gestão tem para resolver são as dívidas com a FIFA, que vão até 2022. No primeiro semestre deste ano, os valores previstos de processos na entidade somam cerca de R$ 25 milhões, enquanto na segunda metade de 2020 os vencimentos giram em torno de R$ 22 milhões”, disse o Cruzeiro, por meio de nota.
“Em 2021 por enquanto não há processos. A partir de 2022, as dívidas do Cruzeiro na FIFA chegam a quase R$ 5 milhões. Ou seja, estes valores, somados, giram em torno de R$ 50 milhões. Mas é importante ressaltar que não há uma data única para o pagamento deste valor”, garantiu o clube.
Nessa quinta-feira, Fróes colocou medo no torcedor ao levantar a possibilidade de rebaixamento para a Terceira Divisão do Campeoanto Brasileiro. Vamos ter que nos virar. "Não temos a mínima ideia agora, completa, do que vamos fazer. Estamos com algumas estratégias, que ainda não podemos revelar, e estamos vendo se serão viáveis", disse, na oportunidade.
Na nota, o Cruzeiro admite a possibilidade de perder seis pontos na Série B do Brasileiro, mas garante que, se condenado, ainda terá “um prazo estipulado pela FIFA para quitar o débito em questão antes que a punição seja de fato aplicada”.
“Uma das alternativas é a renegociação com os clubes envolvidos nos processos e o departamento jurídico do Cruzeiro já iniciou este procedimento, procurando também diferentes aberturas legais. Outra é conseguir empréstimos compatíveis com a capacidade financeira atual, a possível venda de jogadores e o incremento de patrocínios de empresas parceiras”, complementou.