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O espaço pode ser ideal para a criação de órgãos humanos

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Bioimpressoras em 3D, nos próximos 10 anos, terão a capacidade de construir órgãos humanos funcionais no espaço. O motivo para isso é que as condições mínimas de gravidade existentes no espaço podem propiciar um ambiente muito mais apropriado para o desenvolvimento desses elementos do que a Terra com a sua gravidade.

Caso a experiência dê certo, esses órgãos impressos no espaço podem auxiliar a reduzir a lista de espera de transplantes e até mesmo reduzir as chances de rejeição do órgão.

A impressão em 3D de órgãos 

Há pouquíssimo tempo a medicina começou a usar a impressão em 3D como um todo, sobretudo em áreas biomédicas, como a construção de próteses e a medicina regenerativa. Até o presente momento, foram impressas algumas versões iniciais de vasos sanguíneos, ossos e diferentes modalidades de tecido vivo confeccionando camadas repetidas do que eles chamam de bioink.

A bioink nada mais é do que uma substância constituída de células humanas vivas e outro tecido voltado a simular o meio natural que envolvem os órgãos que estão em fase de crescimento.

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A microgravidade pode ser benéfico para o desenvolvimento de tecidos humanos. Fonte: NASA via Techshot/Reprodução.

Recentemente, os cientistas descobriram que a Terra pode não ser tão boa assim para o crescimento de órgãos independentes. A razão para isso está na gravidade, que comprime o órgão à medida que eles se desenvolve, prejudicando o seu crescimento e seu funcionamento adequado.

A microgravidade, por outro lado, permite que os tecidos moles consigam manter sua forma naturalmente, sem depender de nenhum tipo de suporte circundante (o que, por outro lado, é necessário para o mesmo experimento aqui na Terra).

Os próximos passos do projeto

Atualmente, o projeto está focado na construção de tecido cardíaco artificial cada vez mais espesso e em sua respectiva devolução à Terra. O próximo estágio da pesquisa são os testes de patches cardíacos sob microscópios e em animais. Aliás, essa próxima etapa pode durar cerca de quatro anos

Além disso, depois dessa próxima rodada de impressões em 3D, a empresa responsável pelo equipamento compartilhará a bioimpressora com empresas e institutos de pesquisa que nutrem interesse em imprimir coisas como tecido hepático, ossos e cartilagem.