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Carlos Silva, conhecido por "Aranha", e o advogado Nelson Sousa
Foto: João Silva/ Global Imagens

Acórdão do caso de apostas desportivas "Jogo Duplo" novamente adiado

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A leitura de acórdão do processo de viciação de apostas desportivas em partidas de futebol profissional, conhecido como o "Jogo Duplo", que estava marcada para esta sexta-feira, foi novamente adiada. Em causa está uma alteração não substancial de 33 factos.

O julgamento de um dos maiores casos de corrupção do desporto em Portugal começou no início de 2018 e já teve três datas marcadas para leitura de acórdão, em junho, outubro e esta sexta-feira. Mas voltou a ser adiado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa.

A decisão do coletivo de juízes prende-se com diversas alterações não substancial dos factos imputados aos arguidos. Essas alterações deixam antever condenações.

Os advogados de defesa pediram prazo ao tribunal para analisar essas alterações e preparar respostas. O juiz concedeu dez dias para que os advogados analisem a alteração dos factos e reagendou a leitura do acórdão para 28 de fevereiro.

Os 27 os futebolistas, agentes, treinadores e dirigentes de futebol, que foram indiciados na "Operação Jogo Duplo" por fazerem parte de um esquema de viciação de resultados da Segunda Liga.

Os arguidos responderam em tribunal por crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva no desporto e "apostas desportivas à cota de base territorial fraudulentas". Os arguidos teriam ligações a empresários oriundos da Malásia, cujos nomes surgem referenciados na investigação, embora não tenham sido acusados.