ARTIGO: Bravatas e mais bravatas contra Olavo de Carvalho

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Não é surpresa alguma a baixeza imperante nas ditas classes falantes brasileiras. O ataque à inteligência começou com a tomada dos espaços culturais pela esquerda a partir da década de 1960. Tal ação teve uma motivação clara: a derrota das esquerdas no campo político com a deposição de João Goulart, movimento capitaneado pela união da sociedade civil com a classe política. Com a derrota no campo político, a esquerda usou das lições de Antonio Gramsci para tentar chegar ao poder pelas vias democráticas – e burguesas.

O teórico político italiano identificava no campo intelectual o território decisivo para o controle do poder político. Os regimes comunistas de inspiração leninista iriam fracassar por tomarem o poder antes de tomar os espaços culturais – daí a explicação da resistência popular ao novo regime por uma massa cristã e conservadora. Para Gramsci, conquistar a hegemonia era muito mais importante que vencer eleições ou dar golpes de Estado. Com o estabelecimento da hegemonia, todas as pessoas – incluindo os adversários – iriam pensar, agir e reagir nos ditames mentais requeridos pelo partido, a nova entidade revolucionária.

A estratégia teve um enorme sucesso no Brasil, que é o país mais gramsciano do mundo. A esquerda tomou as universidades, as escolas, os jornais e as igrejas. Fez da cultura seu feudo particular, reduzindo-a à mera pregação revolucionária. O declínio da intelectualidade brasileira não tem outra explicação a não ser o seu papel de meio para a chegada ao poder da gangue esquerdista. O que antes exigia anos de estudo, dedicação e genialidade agora só cobra a adesão ao partido através de chavões e cacoetes mentais.

O resultado está aí para todo mundo ver: desempenhos pífios em testes educacionais, índices de analfabetismo funcional alarmantes e produção literária e intelectual medíocre. O filósofo e professor Olavo de Carvalho tratou desse quadro em cursos e em sua produção jornalística por anos, angariando a antipatia e ódio dos intelectuais orgânicos e demais estúpidos.

Vejam a matéria que a Veja fez com o difamatório livro de sua filha Heloísa de Carvalho em parceria com o mentiroso e desonesto Henry Bugalho. Toda a postagem vem com ares de credibilidade e dá como verdades inquestionáveis as acusações contra Olavo. Sem querer entrar em conflitos familiares – não é a minha função – é, ainda assim, importante ressaltar que todos os outros filhos de Olavo já refutaram as mentiras contadas por Heloísa. Quanto ao dito Henry Bugalho, basta acompanhar seus vídeos para perceber um charlatão semianalfabeto falando do que não conhece.

O modus operandi da Veja é o de toda a imprensa brasileira: incapazes de compreender a obra e o pensamento de Olavo de Carvalho, buscam difamá-lo ao pegarem suas opiniões do dia e colocá-las como expressão máxima da sua produção intelectual. Não há em toda a grande mídia alguém capacitado para ler os seus livros e analisar criticamente o conteúdo contido em cada um deles. A única coisa que resta aos palpiteiros semianalfabetos é colocar na conta de Olavo opiniões tidas como absurdas e apresenta-lo como um lunático. Terra plana, fetos abortados na Pepsi… Tudo isso é divulgado em larga escala na ânsia de colar na testa do filósofo e seus alunos o adesivo de malucos.

Olavo de Carvalho colocou o ideólogo de Putin de joelhos – a surra intelectual em Alexandre Dugin foi a maior que já vi e li. Olavo de Carvalho colocou em livro o diagnóstico sobre a desgraça intelectual brasileira que coloquei no começo deste humilde artigo. Olavo de Carvalho tem na coletânea ‘’Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil’’ uma produção jornalística de alto quilate. Nela ele teve a coragem de falar do Foro de São Paulo e a sua omissão na grande mídia por todos esses anos – o maior engodo da história brasileira. Chamá-lo de charlatão é nada mais que inveja mal confessada.

Se querem conhecer o suprassumo do pensamento de Olavo de Carvalho, idiotas do show business, procurem ter acesso aos cursos de filosofia por ele ministrados. O pensamento político de Olavo está expresso no seu curso sobre Teoria do Estado. Antes de saírem tagarelando por aí, ao menos tenham dignidade de conhecer a obra do autor que diariamente vocês palpitam a exaustão.

Mas tenho certeza absoluta que nenhum palpiteiro engraçadinho irá fazer isso. Estão diante de um intelectual infinitamente superior a eles e a todos os imbecis que ostentam tal título que, para não dar o braço a torcer e nada falar sobre suas obras, preferem continuar com a invencionice de sempre a respeito de sua vida particular. É fofoca pura e simples com ares de credibilidade jornalística. Bravatas e mais bravatas são o máximo que a cólera dos imbecis pode nos oferecer.

Referências:

  1. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/12/03/Como-o-Pisa-revela-uma-d%C3%A9cada-de-estagna%C3%A7%C3%A3o-do-ensino-no-Brasil
  2. https://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/livro-revela-a-face-mais-obscura-de-olavo-de-carvalho
  3. http://olavodecarvalho.org/debate-com-duguin-ii/