Mais de 90% das escolas fechadas

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Mário NogueiraFoto Fernando Fontes / Arquivo Global Imagens
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Escolas fechadas devido à greve da Função PúblicaFoto Paulo Jorge Magalhães/global Imagens

Não há concelho do país sem escolas fechadas, garante Mário Nogueira. A estimativa do líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof) é que mais de 90% das escolas, de norte a sul, não abriram esta sexta-feira. Por isso, frisou, hoje "é o dia de Portugal sem aulas".

A adesão dos professores à greve geral da Função Publica desta sexta-feira é "extraordinária" - "entre 75 a 80%" calcula Mário Nogueira, prevendo que à tarde por causa da participação na manifestação, em Lisboa, a adesão possa subir ainda "mais um pouco".

Os exemplos são imensos: Em Coimbra, só o agrupamento Quinta das Flores abriu, mas só de manhã; Viseu, Castelo Branco, Covilhã, Braga, Portalegre, Beja, Setúbal, Faro e Lisboa são outros distritos com a maioria das escolas fechadas.

"Estamos perante uma enorme, extraordinária manifestação de indignação de docentes e não docentes", sublinhou o lider da Fenprof aos jornalistas, frente aos portões fechados do Liceu Passos Manuel (Lisboa). As razões de luta, insiste, são muitas: desinvestimento na carreira e no setor, envelhecimento da classe, precariedade, "roubo do tempo serviço", "horários ilegais", são apenas algumas das razões que levaram os professores a greve, argumenta.

Nogueira considera que a proposta de Orçamento do Estado não prevê soluções para nenhum dos problemas estruturais da classe e do setor. Sem alterações no rumo político, este "é um Governo que não merece ter quatro anos de governação".