LIVRE sobre Joacine: "Não era possível continuar a fingir que estava tudo bem"

by
https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=4789d091-8b09-47de-b017-5f365ed4c84d&t=20200131155924
Joacine no congresso de 18 e 19 de janeiroFoto Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens
https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&guid=9ae7470c-a330-4111-8b69-e97549221955&t=20200131155924
Porta-voz do Partido Livre, Pedro MendonçaFoto AntÓnio Pedro Santos/lusa

O LIVRE justificou, em conferência de imprensa, os motivos do "divórcio" com a sua deputada única Joacine Katar Moreira, retirando-lhe a confiança política.

"Era impossível acordar de manhã sem saber o que se ia dizer durante o dia em nosso nome", declarou Pedro Mendonça, porta-voz do partido LIVRE, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, após o anúncio da retirada da confiança política da única deputada que representava o partido na Assembleia da República.

"O país assistiu no último congresso... Joacine chamou mentirosos a camaradas do partido. Não era possível continuar a fingir que estava tudo bem", frisou.

"Foram horas e horas de debates internos. Horas, dias e meses para encontrar um método de trabalho", acrescentou Pedro Mendonça, lamentando que tal não tenha sido possível. "Somos um partido coletivo e Joacine Katar Moreira não aceitou", disse.

"Este divórcio agora anunciado em nada altera a nossa defesa de Joacine ou de outro cidadão" alvo de declarações racistas ou xenófobas, garantiu o membro do LIVRE, em alusão à recente polémica em torno de afirmações de André Ventura, deputado do Chega, que defendeu que Joacine "seja devolvida ao país de origem".

"São ataques vis e antidemocráticos. Uma coisa são as nossas divergências políticas e a falta de confiança política para nos representar, outra é a decência dos Direitos Humanos", justificou.

O membro do LIVRE assegurou ainda que o partido "tirará as necessárias ilações e promoverá uma profunda reflexão sobre os erros cometidos". Desde que Joacine assumiu o mandato na Assembleia da República, na sequência das eleições legislativas de 6 de outubro, foram várias as polémicas a envolver a deputada.