Alexandre Moura: “TikTok”

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Guarde bem este nome “TikTok”. Caso você não conheça ou não tenha ouvido falar, certamente ao longo deste ano isso vai mudar. O “TikTok” (anteriormente denominado de “Musical.ly”),  é “um aplicativo (App) para smartphones que permite gravar e publicar  vídeos curtos de até 60 segundos de duração, com ou sem dublagens”.

O “TikTok” tornou-se um rápido sucesso nos Estados Unidos, onde somente em outubro de 2019, foi “baixado” por mais de 130 milhões de pessoas! Superando, naquele mês, o Facebook e o Instagram. Em novembro ele ultrapassou a marca de 1,5 bilhão de downloads em todo o mundo.

Hoje é o queridinho dos jovens, particularmente dos chineses e japoneses e já preocupa e muito, os executivos do Instagram, que teve crescimento, em nível mundial, de “apenas” 6,7% de novos usuários em 2019.

Para comparar, o número de pessoas conectadas a Internet cresceu quase 38% no mesmo período.

Para especialistas, o sucesso do “TikTok” deve-se a sua “versatilidade, experiência visual e facilidade de uso que permite qualquer pessoa se tornar um criador de conteúdo”.

YouTube

Na contra mão do “TikTok”, neste mês de janeiro, o YouTube lançou  “novas regras que podem prejudicar o negócio (receita financeira) de diversos criadores de conteúdo (os chamados YouTubers), que utilizam a plataforma como instrumento de trabalho”.

Particularmente, os criadores de conteúdo para crianças e adolescentes devem ser os mais atingidos. Para alguns analistas de mercado, essa mudança talvez seja reflexo da milionária multa (cerca de R$ 720 milhões), aplicada em setembro do ano passado, ao YouTube pela FTC (Comissão Federal de Comércio) dos Estados Unidos com base na “COPPA” (Lei Americana de Proteção à Privacidade Online das Crianças), por “suposta violação da privacidade de menores de idade”.

Além da multa, o “YouTube foi proibido de veicular  vídeos, de qualquer pessoa abaixo dos 13 anos de idade”.

A mudança é significativa e impede também (nos vídeos voltados para o público infantil), a colocação de comentários, ativação de notificações e a anexação de links.

Resumindo: Os principais recursos utilizados pelos YouTubers, não podem mais serem utilizados livremente como antigamente.

Falhas de Segurança em 2019

O ano passado está sendo considerado o “ano das falhas de segurança na Internet”. Em 2019, segundo uma pesquisa da empresa RBS – Risk Based Security (líder mundial em inteligência de vulnerabilidade e violação de dados) apontou um crescimento, em nível global, de 33% na violação de dados, em relação a 2018.

Com todos os setores tendo algum problema relacionado à segurança de dados, a exemplo de governos, bancos, empresas privadas, aplicativos para smartphones e redes sociais. Ninguém ficou imune ao problema.

No próximo tópico, uma lista dos casos que mais se destacaram na mídia nacional e internacional, ao longo de 2019. 

Falhas de Segurança em 2019 (II)

As falhas de segurança (nessa lista) começaram na China no mês de março. Naquele mês, foi divulgado que houve problemas com proteção de dados na empresa chinesa de comércio eletrônico Gearbest, sediada em Hong Kong.

Segundo informações da imprensa especializada, uma falha grave de segurança permitiu praticamente, livre acesso a um banco de dados da empresa com “1,5 milhão de registros, contendo endereços, dados pessoais (incluindo informações de cartão de credito) e históricos de pedidos do site de compras online chinês”.

No mês seguinte, abril, outro caso bem “ruidoso” aconteceu. Quase 540 milhões de registros (nomes, senhas e dados pessoais) de usuários do Facebook ficaram disponíveis em um computador sem nenhuma proteção.

Já no mês de julho, um “banco de dados” contendo cerca de “250 GigaBytes de documentos digitalizados” (CNH, CPF, RG e comprovantes de endereço, etc) de uma instituição financeira brasileira,  “apareceu” desprotegido na Internet.

No mês seguinte, agosto, foi divulgada uma “falha critica de segurança” no “Google Chrone” que deixou acessível às informações, em nível mundial, de “somente” 2 bilhões de usuários do popular navegador da Internet.

E para fechar o “ano das falhas de segurança”, em outubro, um servidor (computador) de dados totalmente desprotegido e contendo cerca de 4 bilhões de dados pessoais, pertencentes a cerca de 1,2 bilhão de usuários de duas redes sociais, “vazou na Internet”. Informações (e-mails, nomes, números de telefone, etc) destes usuários foram disponibilizadas na rede mundial de computadores para qualquer “internauta pesquisar”!

Será que 2020 vai ser pior? Vale lembrar que a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados entra em vigor no próximo mês de agosto e as punições aqui no Brasil, para este tipo de situação (vazamento de informações) serão pesadas.