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Bairro Jardim Alvorada, em BH, depois da chuvaFoto: Fred Magno/O TEMPO

'A gente só quer saber quando vai poder voltar para casa', diz moradora de BH

Após mortes de mãe e três filhos soterrados, vizinhos saíram dos imóveis e não têm data para voltar

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Na rua Antônio Fernandes Melo, no bairro Jardim Alvorada, região Noroeste de Belo Horizonte, o que mais se percebe são faixas zebradas interditando casas, esgoto vazando e barranco que pode ceder a qualquer momento. Na manhã desta sexta-feira (31), a reportagem de O TEMPO voltou ao local onde mãe e três filhos morreram soterrados. Desde então, outros imóveis estão vazios e os proprietários reclamam do descaso da prefeitura do município.

"Há 48 anos eu morava na minha casa. Tive que sair porque o barranco pode atingir a minha casa e a casa da minha irmã. Desde que os corpos foram retirados, não tivemos nenhum apoio. A Defesa Civil disse para sair, mas não falam quando vamos voltar", explicou a dona de casa, que pediu para não ser identificada. 

Ela está na casa de uma sobrinha, enquanto vizinhos foram para abrigos. A falta de informação por parte do poder público gera insatisfação em quem precisou sair de casa no susto. 

"Só de passar aqui na rua, o meu coração dispara. Choveu lá na zona sul e já estão arrumando (sobre os estragos provocados durante a chuva desta semana no bairro de Lourdes e Santo Antônio). A zona sul é arrumada enquanto eles esquecem que pobre está sem lugar para viver. A gente só quer saber quando vai poder voltar para casa ou se vão pagar um aluguel para todo mundo. Temos esse direito", finalizou a mulher. 

A reportagem aguarda um posicionameno da Prefeitura de Belo Horizonte em relação ao caso do bairro Jardim Alvorada.

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