Cinema sem estado: é possível sim
by Ricardo RoveranO Terça Livre conversou nesta quinta-feira (30/1) com o cineasta, Renato Siqueira, sobre carreira, produção e valor estético de filmes no Brasil.
O cineasta contou-nos como despertou para o talento ainda criança quando ganhou dos pais uma câmera profissional Super VHS e com ela começou a brincar com os amigos. Aos 14 anos de idade passou a produzir conteúdos cinematográficos já levando a sério as próprias atividades e sentindo que descobrira o próprio caminho, que o levou a produzir 22 filmes, entre os quais o longa “Diário de um exorcista“, produção de baixo custo, mas de alto valor estético e cultural que acabou entre as opções do Netflix.
Sobre o mercado do cinema nacional, Renato demonstrou como o streaming (transmissão on-line na internet) barateou o produto cultural para consumidor e golpeou duramente a pirataria com novas tecnologias, mas prejudicou por outro lado quem depende de publicidade mas está fora de um gueto ideológico.
Siqueira criticou duramente a inserção de ideologia nas obras brasileiras e classificou a prática como cansativa. “Vi um filme onde um zumbi chamava um cara de fascista, desliguei a TV na hora, não aguentei“, contou.