Insônia: 73 milhões de brasileiros passam noites em claro
Performance ruim no sono implica em problemas que envolvem raciocínio
by Folha VitóriaCerca de 20% da população mundial sofre de insônia. Segundo a Associação Brasileira do Sono, no Brasil, um terço da população tem problemas para dormir, ou seja, 73 milhões de pessoas passando noites em claro e perdem o rendimento das atividades diárias.
Somado a esse número alarmante, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA-BR), nosso país está em segundo lugar no ranking mundial de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout, que é o excesso de stress relacionado ao trabalho.
Segundo a neurocientista Dra. Verena Senn, analisando os números é possível afirmar que dormir melhor se tornou uma necessidade, uma vez que interfere, principalmente, nas funções cognitivas, além das imunológicas e emocionais.
"No que tange à cognição, isso significa que uma performance ruim no sono implica em problemas que envolvem raciocínio, tais como maior dificuldade na tomada de decisões e resolução de problemas e menor uso da linguagem e da criatividade", disse a especialista.
O fato é que essas consequências acarretam em um dia a dia sem energia, corroborando para que o alcance de metas em todas as esferas da vida, profissional ou pessoal, se torne cada vez mais longínquo.
Fases do sono
Também é importante considerar a distribuição de calor do corpo. Isso porque, durante a noite, experimentamos diferentes fases do sono: leve, profundo, sonho e REM (do inglês, Rapid Eye Movement), que se refere ao sono com atividade cerebral similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
"Durante o sono profundo, o corpo relaxa e a nossa pressão sanguínea diminui. Esta é a fase de regeneração, que é muito importante para a qualidade do sono. A temperatura diminui, e não é devido ao sono profundo que temos o declínio. É justamente o contrário. Ou seja, é necessário que haja a diminuição da temperatura do corpo para entrar em sono profundo. Por isso, o colchão deve aliviar o calor do corpo", explicou Verena Senn.