Cúpula da PGR vê situação de chefe da Secom como delicada

Integrantes da cúpula da Procuradoria-Geral da República avaliam como “delicada” a situação de  Fabio Wajngarten, mas apontam que ainda não há clareza sobre se as práticas do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência configuram  crime de corrupção.

Nesta semana, a Procuradoria da República no DF pediu abertura de inquérito criminal para apurar se os atos de Wajngarten podem ser enquadrados com corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos feito por funcionário público, para proveito pessoal ou alheio) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública, valendo-se da condição de servidor).

De acordo com essas fontes da PGR, para a caracterização da corrupção, é preciso que seja comprovada uma espécie de toma lá dá cá. Portanto, que o aumento no repasse de verba publicitária da Secom para empresas tem relação com o fato de que elas contratam a empresa da qual Wajngarten é sócio majoritário.

Para esses procuradores, independente da investigação criminal, a Comissão de Ética Pública da Presidência deveria atuar no caso diante dos indícios de conflito.